Andréia Nhur incorpora inúmeras mulheres em solo no Festival de Dança
Destaque desta quinta-feira (11) no Festival de Dança, a bailarina-atriz paulista Andréia Nhur incorpora inúmeras...
Como se fazer entender nesse mundo em que a comunicação é onipresente, mas se resume quase sempre a um diálogo de surdos? Essa é a pergunta que norteia o espetáculo “Un ange passe-passe ou entre les lignes il y a un monde”, encenado pela francesa Cie à Fleur de Peau. A dupla de intérpretes Denise Namura e Michael Bugdahn coloca em cena o absurdo da condição humana por meio das relações cotidianas de um casal. O espetáculo é a atração do Festival de Dança nesta sexta-feira (11/out), às 20 horas, no Circo Funcart (Rua Senador Souza Naves, 2380).
Em um cenário inteiro branco, com o palco recoberto de pelúcia, o elenco mergulha num ambiente onírico que espelha a realidade e traz para a cena a importância de uma comunicação além das palavras. Um verdadeiro hino ao silêncio que une, por meio de uma coreografia repleta de gestos precisos e sutis, o humor à emoção e a interpretação teatral ao domínio técnico.
A montagem é o primeiro duo dos coreógrafos Michael Bugdahn, que é alemão, e Denise Namura, brasileira, depois de quase doze anos em grupo. Surgida em Paris, a companhia desenvolveu mais de trinta coreografia e criou também espetáculos no Brasil e em outros países da Europa. O trabalho da Cie à Fleur de Peau explora a pluridisciplinaridade entre a dança, a mímica, o teatro e o texto.
Os dois coreógrafos desenvolveram uma linguagem específica: uma dança intensamente ligada ao gesto carregado de sentido e a um tipo de semiologia do movimento. Para Bugdahn e Denise, a coreografia é um modo de veicular a emoção enquanto forma carregada de significação concreta, utilizando o corpo inteiro como instrumento polivalente. Eles contam estórias através desta linguagem corporal, oscilando sempre entre cotidiano e abstrato, entre individual e universal, entre emoção e burlesco, entre trágico e cômico.
Divulgação