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Exposição comemora centenário de chegada da família Kotinda ao Brasil

Exposição comemora centenário de chegada da família Kotinda ao Brasil

quinta, 20 de abril de 2017
Categoria: noticia

Fotos de Chotei Katinda, de 1940 e 1952, serão expostas

Uma exposição, que será sediada no Espaço Cultural Ceddo, comemora o centenário da chegada da família Kotinda, vindos de Okinawa, em agosto de 1917 e também o centenário de nascimento de Chotei Katinda.

O espaço contará com fotografias tiradas por Chotei Katinda, entre 1940 e 1952. Ele morreu aos 35 anos, em 1952. Hoje, 65 anos após a sua morte, seu filho Celso restaurou 424 fotografias, das quais 30 foram selecionadas para comporem a exposição.

Sobre as fotos

Equipamento: Câmera Voigtländer Bergheil de 1936. Lentes Heliar 1:4,5 F=12 cm. Disparador Compur. Porta filmes de vidro 6,5 x 9, porta rolo de filmes de 120mm. Luminosímetro Sixtus / Original-Gossen. Telêmetro E.Leitz Wetzlar. Filtros coloridos.

Resgate: Limpeza dos negativos feita com Benzina Retificada. Recuperação feita com fotos digitais dos negativos em visualizador de radiografias. Restauração feita no computador em programa de fotos. Execução do filho Celso Kotinda.

Sobre Chotei Kotinda

Com o grande crescimento populacional no Japão, muitas famílias japonesas imigraram para o Brasil, principalmente para o interior do Estado de São Paulo.Entre essas famílias de imigrantes chegou a família Kotinda em agosto de 1917.

Choho Kotinda e Kose Kotinda com seu filho Chotei Kotinda, nascido em 1917 na Província de Okinawa, localizada no sul do Japão. Fixaram residência na cidade de Lins, interior do Estado de São Paulo, onde Chotei cresceu e estudou no Instituto Americano.

Amante de esportes, cursou a Escola de Educação Física da USP, formando-se em 1938. Como foi registrado como Brasileiro, serviu o Exército no terceiro Grupo de Artilharia de Dorso em Campo Grande (MS) em 1940. Foi condecorado por ter salvo um colega de afogamento. Deu baixa do Exército como 3º Sargento.

Respeitado e querido como professor, tem hoje seu nome numa avenida na cidade de Cafelândia e numa sala no Instituto Americano de Lins. Casou-se, em 1943, com Ivette Marcondes de Moura, descendente de italianos, contrariando, na época, as tradições japonesas, com quem teve quatro filhos.

Viveu intensamente, dedicando-se a dar aulas, e a outros interesses como caça, pesca, hipismo, motociclismo, pintura e à fotografia.

Faleceu no dia 25 de março de 1952, muito jovem, deixando um exemplo de vida admirável. Através da fotografia, documentou a infância dos filhos.