Londrina terá festival de grafite com artistas de vários estados
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A artista visual paranaense Fernanda Magalhães participa, de 25 a 30 de agosto, da residência artística no Museu Bispo do Rosário, localizado dentro da Colônia Juliano Moreira, no Rio de Janeiro, integrando a programação da exposição "Das Virgens em Cardumes e da Cor das Auras" com curadoria de Daniela Labra. Ela irá apresentar, no dia 30 de agosto, às 14h, a performance Grassa Crua, seu mais recente trabalho, que, nesta apresentação no Museu Bispo do Rosário (Estrada Rodrigues Caldas, 3400 – Taquara), irá contar com a participação de 35 mulheres envolvidas no processo da residência.
Antes disso, sábado, 27 de agosto, às 16h, Fernanda Magalhães fala sobre a pesquisa que resultou na performance Grassa Crua, ao lado das atrizes Ana Cristina Colla e Raquel Scotti Hirson, do Lume Teatro/UNICAMP, diretoras da performance. Também neste dia, a mostra "Das Virgens em Cardumes e da Cor das Auras" apresenta parte da sua programação com diversas atividades. O Museu abrirá ao público a partir das 10 horas.
Sobre a performance:
A performance Grassa Crua, de Fernanda Magalhães, reúne elementos da performance, da movimentação cênica, da dança, tendo como guia um áudio criado a partir de diversas vozes de mulheres – Simone Mazzer, Edna Aguiar, Karen Debértolis, Raquel Scotti Hirson, Ana Cristina Colla, Camilla Farias e Fernanda Magalhães. Além de uma música da banda paranaense de rock, Turbo.
O trabalho é resultado das pesquisas de Pós-Doutorado desenvolvidas pela artista paranaense no LUME – Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais da UNICAMP, desde 2015, que tem como supervisoras as atrizes Ana Cristina Colla e Raquel Scotti Hirson, as quais também dirigiram a performance.
O texto é assinado por Fernanda Magalhães e a concepção e criação é de Fernanda, Ana Cristina e Raquel.
Esta performance de Fernanda Magalhães surge dos desdobramentos de outros trabalhos nos quais o corpo é sempre lugar de inscrições e, ao mesmo, tempo mediador e lugar de ativações. Grassa Crua emerge dos embates do corpo em busca de seus próprios pontos de relações. Movimentos, percepções, ilusões e confrontos. Extrapolar normas, espaços contidos e regras impostas para a conformação de todos.
Surge das necessidades em expandir o corpo, na busca por soltar as amarras que ainda teimam em enferrujar juntas, ligamentos e emoções. O corpo que se posiciona e ocupa espaços ainda necessita de outros movimentos para que olhares, sombras e respirações possam ser absorvidos com tempos distendidos nos fluxos de ações.
Sobre a mostra "Das Virgens em Cardumes e da Cor das Auras", no Museu Bispo do Rosário:
Com curadoria de Daniela Labra a mostra "Das Virgens em Cardumes e da Cor das Auras" tem como proposta o diálogo entre o artista que dá nome ao Museu, Arthur Bispo do Rosário e artistas performáticos contemporâneos. A exposição apresenta uma seleção de obras da coleção do Museu que remetem à perspectiva mística, sacerdotal e performática de Bispo do Rosário, como o Manto de Apresentação. Também estão expostos estandartes, roupas bordadas, faixas de misses e filmes documentais sobre sua obra e vida, além de fotografias, vídeos e instalações que dão novas leituras sensíveis ao legado desse artista fora dos padrões do sistema da arte.
O título evoca a imagem fantástica das “virgens em cardumes”, anunciada em um de seus bordados confeccionados no asilo psiquiátrico, enquanto que “da cor das auras” remete ao tempo em que o interno interpelava a cor da sua aura aos visitantes da cela/ateliê que habitou, no Pavilhão 10 da Colônia Juliano Moreira. Aberta no dia 4 de junho de 2016, “Das Virgens em Cardumes e da Cor das Auras” tem uma programação viva e experimental, convidativa a todos aqueles que residem próximo ao museu, aos entusiastas da arte e todos aqueles que tenham interesse em participar.
Fonte: Divulgação