Cocine exibe filme “O Que Ainda Existe em Nós”

quinta, 25 de janeiro de 2024

CategoriaAcontece em Londrina

A sessão acontecerá às 18h30, na Vila Cultural Casa da Vila, de forma gratuita; o enredo do filme retrata o fechamento do Cine Com-Tour e a história das salas de cinema e cineclubes de Londrina

A fim de trabalhar com a memória da cidade e a história das práticas de exibição cinematográfica, o Coletivo de Cinema Negro (Cocine) promove, neste domingo (28), a exibição do filme O Que Ainda Existe em Nós. Produzido em Londrina, o documentário aborda o fechamento do Cine Com-Tour e a história das salas de cinema e cineclubes do município.

Realizada de forma gratuita e aberta ao público em geral, a sessão acontecerá a partir das 18h30, na Vila Cultural Casa da Vila, localizada na rua Uruguai, 1.656, Vila Brasil.

O Que Ainda Existe em Nós foi dirigido pelo jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) e mestre em Cinema e Audiovisual pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Fagner Bruno de Souza. Além de Souza, a realização do documentário envolveu pessoas que moram na cidade e vivenciam a cultura local.

O filme teve suas exibições de estreia nos dias 16 e 17 de dezembro de 2021, na Vila Cultural Canto do MARL, espaço-sede do Movimento dos Artistas de Rua de Londrina. Naquela ocasião, o público presente acompanhou o debate sobre cinema, acesso a filmes, cultura cinematográfica e a prática cineclubista londrinense, tendo como ponto de partida o depoimento de pessoas que são referência do movimento cineclubista local.

Durante a produção do filme, realizada no decorrer da pandemia de Covid-19, a equipe acompanhou o fechamento do Cine Com-Tour, cinema mantido pela UEL até agosto de 2020 e que, assim como outros espaços, também enfrentou as consequências da pandemia.

O diretor do filme relata que a obra é um desdobramento de sua pesquisa de mestrado, realizada entre 2018 e 2021, na área de Cinema e Audiovisual. O estudo abordou o cenário exibidor de Londrina, ou seja, a prática de exibições cinematográficas na cidade. Ele esclarece que, tendo como foco o período da pandemia e do distanciamento social, o enredo do filme aborda a história das exibições cinematográficas na cidade e a forma pela qual as pessoas estavam assistindo a filmes naquele momento.

“Foi nesse processo de pesquisa que a gente identificou o primeiro cineasta e cineclubista negro de Londrina, o Ari Cândido Fernandes. No filme, ele fala um pouco sobre a sua trajetória. A gente também foca bastante na prática cineclubista, e entramos em contato com o Archibaldo Vicentini, filho do primeiro cineclubista de londrina, o Orlando Vicentini, que foi uma das primeiras pessoas a filmar filmes de ficção na nossa cidade. Por fim, também acompanhamos de perto o processo de fechamento do Cine Com-Tour”, finalizou.

A realização do documentário contou com patrocínio da Prefeitura, através do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic), gerido pela Secretaria Municipal de Cultura (SMC), e também da Agência Nacional do Cinema (Ancine).

Outras sessões – Esta ação integra a programação composta por 12 sessões cineclubistas do Cocine que serão realizadas em 2024, de forma alternada entre a Vila Cultural Casa da Vila e o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (NEAB) da UEL.

Segundo o coordenador do projeto, o jornalista e fotógrafo Wellington Victor Pereira da Silva, as exibições serão promovidas mensalmente. “As próximas sessões do Cineclube irão exibir os filmes produzidos pelos cineastas indígenas do Centro de Memória e Cultura Kaingang. São, no total, 12 filmes que mostram os costumes da cultura Kaingang a partir de suas próprias narrativas e perspectivas. Nessas 12 sessões, iremos exibir também a série de filmes Retratos Filmados, produções londrinenses que contam a história de vida de moradores de bairros da região oeste da cidade”, contou.

A programação da iniciativa é divulgada pelo Cocine em suas páginas no Facebook e Instagram.

As ações do cineclube do Cocine são realizadas em parceria com o NEAB da UEL e com a Vila Cultural Casa da Vila. Também contam com o patrocínio da Prefeitura de Londrina e do Ministério da Cultura/Governo Federal, por meio da Secretaria Municipal de Cultura de Londrina e dos recursos provenientes da Lei Paulo Gustavo.

Fonte: N.Com