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Tempos de Cigarro Sem Filtro, do jornalista José Maschio, retrata o Brasil da década de 1970. O período sombrio da ditadura militar aparece através dos olhos de pessoas humildes, cidadãos simples levando suas vidas simples na periferia das cidades.
O repórter Ganchão, como é conhecido no meio jornalístico e acadêmico, narra a história de Jaso e Maria, um casal unidos pela miséria. Vivem na periferia de uma típica cidade brasileira dividida por desigualdades sociais e econômicas. Jaso é um peão para qualquer trabalho braçal, Maria uma lavadeira de roupas. Jaso emprega dois garotos em suas empreitadas de abrir valetas, roçar capoeiras e erguer cercas: Ruço e Lozinho. Realizando trabalhos de adultos, os meninos rapidamente abandonam a infância e passam a experimentar as crueldades do mundo e de suas condições sociais.
Em Tempos de Cigarro Sem Filtro, com uma escrita pautada pela oralidade, José Maschio oferece um retrato do período da ditadura militar a partir da ótica de pessoas, que mesmo alheias aos fatos históricos, em algum momento trombavam com o abuso de poder e com a violência.
Sobre o autor
Formado em Jornalismo pela Universidade Estadual de Londrina – UEL, José Maschio trabalhou como repórter em jornais como Paraná Norte e Folha de S. Paulo. Como jornalista atuou ainda em diversos jornais alternativos, imprensa sindical e emissoras de TV. Atuou também como professor de Jornalismo na UEL. É autor do livro-reportagem “Crônica de Uma Grande Farsa” (2013), escrito em parceria com Luiz Taques. Vive em Cambé (PR).
Fonte: Divulgação