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“Um Bourbon para Faulkner” volta aos palcos londrinenses no teatro do SESI, no dias 26, 27 e 28 de fevereiro de 2019, 19h30. A entrada é franca.
A vinda escritor William Faulkner no Brasil, no ano de 1954 (cinquentenário de São Paulo) é o mote do espetáculo “Um bourbon para Faulkner”. O escritor veio para participar de um Congresso Internacional de Escritores. Era uma celebridade literária, Prêmio Nobel em 1949. Um acontecimento cultural da maior importância. Mas ele, um sujeito áspero, encrenqueiro e difícil, não compareceu ao congresso. Permaneceu por uma semana, no Hotel Esplanada bebendo e conversando com o garçom.
“Bebum conversa com todo mundo. Até sozinho”. Desta forma o historiador-boleiro-jornalista-ator e gente boa pra mais de metro, Apolo Mario Theodoro, resume o porquê do laureado escritor estadunidense, Willian Faulkner, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura de 1949, ter passado boa parte do tempo que esteve no Brasil, em 1954, com o umbigo encostado no balcão do Hotel Esplanada, São Paulo-SP, papeando com o barman João Clark, jovem neto de imigrantes oriundos do Sul dos EUA e fluente na língua de Shakespeare.
O garçom é fruto da imaginação do “cardioescritor” Marco Antonio Fabiani, mas o resto é mais ou menos história. “Um bourbon para Faulkner” relata no formato romance a passagem de Faulkner pelo Brasil, no ano em que Getúlio Vargas – suicidou-se no dia 24 de agosto.
A transcodificação do romance para o texto dramatúrgico foi na velocidade da luz. Fabiani diz que, quando resolveu escrever o romance, não imaginou que, na sequência, iria reescrever a história para o teatro. “Foi a partir de conversas com gente do teatro londrinense que a ideia surgiu”, explica. Em cena, no Teatro SESI, DIAS 26, 27 e 28 de fevereiro de 2019, 19h30, Apolo encarna o famoso escritor e Donizetti Buganza interpreta Clark.
ENCENADOR – Numa rápida conversa com o diretor do espetáculo, Sílvio Ribeiro, também figura carimbada da cena teatral londrinense, ele conta ter ficado até com medo quando convidado pra dirigir o espetáculo. “Imagina, o Apolo e o Doni, duas figuras emblemáticas da dramaturgia pé vermelho, sob minha direção”, avalia. Passado o receio, percebeu que não precisaria, na verdade, fazer a clássica direção dos atores. “Daí, fui discutir a cenografia e a luz. Fui mais encenador”, explica.
No palco, completa a trinca do jogo cênico o “coringa” Bruno Bazé, que interpreta vários personagens. A produção do espetáculo é de Christine Vianna, Assistente de produção – Izabelly Norder, Caco Piacenti assina a cenografia e Luiz Pires encarrega-se da luz. A estreia de “Um bourbon para Faulkner” também marca a estreia de Igor de Castro Santos como co-diretor e de Fabiani como dramaturgo.