Usina Cultural recebe espetáculo O Deserto da Memória
A Vila Usina Cultural recebe, de sexta-feira (16) a domingo (18), às 20 horas, o...
Horário: às 20 horas
Local: Usina Vila Cultural – Av. Duque de Caxias, 4159
Patrocínio: PROMIC – Programa Municipal de Incentivo à Cultura
Coordenação: Sílvia Borba (43) 99682-0188 ou 98427-9525
Entrada gratuita.
O projeto “Araca: arquiduquesa do encantado” comemora nesta sexta-feira (25) os 100 anos de “Pelo telefone”, o primeiro samba gravado. O show começa às 20 horas, na Usina Vila Cultural, e será dedicado aos compositores que lutaram pelo reconhecimento do samba como gênero musical. Com uma hora de duração, o show tem o formato de um programa de rádio e narra a trajetória de Aracy de Almeida, uma das vozes femininas mais emblemáticas da música brasileira.
O ano de 1916 tornou-se um marco histórico graças à iniciativa de Ernesto Joaquim Maria dos Santos, o Donga, que em parceria com o jornalista Mauro de Almeida, solicitou o registro do samba carnavalesco no Departamento de Direitos Autorais da Biblioteca Nacional. O registro da obra foi efetuado em 27 de novembro daquele ano, sob o número 3.295 e o sucesso de 'Pelo Telefone', no carnaval de 1917, marcou o reconhecimento do samba como gênero musical.
“Queremos fazer esse registro especial no espetáculo desta sexta-feira, afinal Aracy de Almeida foi também uma das personagens fundamentais da difusão nacional do samba, como cantora do rádio”, comenta a idealizadora do projeto Sílvia Borba, que interpreta Aracy de Almeida. De acordo com Eduardo Logullo, autor do livro “Aracy de Almeida: Não tem tradução”, a artista deixou registros definitivos de Ary Barroso, Wilson Batista, Ismael Silva e tantos outros. Também mostrou o repertório de Noel Rosa aos formadores de opinião da época. Embora bastante conhecida como a jurada de programa de calouros, a cantora gravou mais de 300 músicas que mudaram o mapa da música brasileira. Uma intérprete rara, avalia o autor do livro.
Em “Araca”, a cantora e atriz Sílvia Borba é acompanhada pelos músicos Osório Perez, no violão sete cordas, André Mattos, na clarineta, Guilherme Araújo, no bandolim e Lucas Dias no pandeiro. A direção musical e os arranjos são de Paulo Vitor Poloni. O ator Leonardo Capeletti contracena com Sílvia Borba, sob a direção de Sílvio Ribeiro, também autor do roteiro. Os figurinos são assinados por Alex Lima.
O projeto estreou em julho, com patrocínio do Promic, Programa Municipal de Incentivo à Cultura da Prefeitura de Londrina, e desde então já fez 8 apresentações em várias regiões da cidade. Além das apresentações em Londrina, o projeto está fazendo também uma turnê estadual, desde que foi contemplado no 1º edital do Prêmio Arte Paraná . No último sábado (19) o espetáculo cênico-musical foi apresentado em Cascavel, e a agenda de shows segue até o final do ano, passando por Cornélio Procópio, Maringá, Apucarana, Ponta Grossa e Ibiporã.