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por trás da cortina do mágico.

por trás da cortina do mágico.

sexta, 04 de outubro de 2013
Categoria: noticia

a película teatral da Warner Bros., de 1939, baseada na obra de L. Frank Braum, foi feito histórico do cinema. uma armação, que por mais precária que pareça comparada aos efeitos visuais hollywoodianos de hoje em dia, para época foi uma surpreendente adaptação e um mundo surreal.

– é igual o livro. – dizem alguns precipitados.

vou ser um corta-prazer agora, o filme e a obra se diferem muito. como no parágrafo acima diz, a Warner Bros. apostou em algo mais teatral do que fiel ao livro. é bonito, divino e maravilhoso, porém eu doaria minhas córneas ainda vivo se visse nesta vida uma adaptação fidedigna ao romance-fantasioso da estradinha de tijolos amarelos.

mas, apesar de todas florezinhas de celofane e várias graminhas artificiais tentando bolar um “país das maravilhas” nada comparado com que se pode fazer em pleno 2013, fazer um filme no naipe não era uma tarefa muito fácil. sendo assim a produção revolucionária do cinema, que jogou Jude Garland ao mundo das Grandes Atrizes, teve algumas peculiaridades em sua execução.

vamos a elas, as mais importantes:

entra diretor, sai diretor:

no decorrer do processo de gravação, o filme contou com 4 diretores. o primeiro deles, Richard Thorpe dirigiu semanas de filmagens até ser demitido pelos produtores, tudo o que ele fez foi jogado literalmente fora. O segundo diretor foi apenas um interino e logo veio Victor Fleming que, após fazer um bom tanto do trabalho, abandonou para rodar “…E o Vento Levou”. Faltando apenas as cenas em preto e branco King Vidor foi contratado e deu conta.

pagando pela obra:

os direitos de filmagem da obra foi adquirido pela Warner Bros. por 75 mil dólares, foi considerado um valor exorbitante na época. para se ter uma noção, os valores direitos de grandes livros para adaptação, hoje em dia, não saem menos do que 2 milhões de dólares.

mais um rostinho bonito na TV:

a atriz Gale Sondergaard foi escalada para viver a bruxa má do Oeste, porém, ao saber que apareceria realmente como uma bruxa nas telas, ela desistiu do papel.

homem de ferro ou de alumínio ou de carne:

Buddy Ebsen foi contratado para viver o Homem-de-Lata, mas, após vários dias de gravação, a tinta de Alumínio que cobria a roupa fez Ebsen passar mal e com isto ele desistiu. Ray Bolger foi chamado para substituir e quando assinou contrato foi escondido dele a causa da Saída de Buddy.

trabalho escravo:

os famosos anões cantarolantes da terra dos Munchkins receberam, por semana de filmagem, míseros 50 dólares cada um, enquanto o cãozinho Totó embolsava 125, quase 3 vezes mais.

quase em nárnia:

os produtores chegaram a cogitar usar um Leão de verdade e com voz humana dublando-o, algo meio Nárnia. em frente a dificuldade, logo desistiram.

leão magro:

o ator Bert Lahr foi proibido de comer sólidos enquanto estava com sua roupa de Leão-Covarde, pois a parte da face era muita sensível e poderia se desmanchar. o ator só consumia sucos e shakes durante os dias de filmagem.

houve mais e mais curiosidades durante esta produção. e sobre o livro em si, uma infinidade de interpretações… mas já outra história.

minha cena preferida:

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