Exposição imersiva “Viagem ao Espaço” estreia no Catuaí Shopping Londrina em 21 de novembro
O evento inédito convida o público a explorar os mistérios do universo com tecnologia, arte...
Muito se fala sobre pessoas
proativas e que suas atitudes e comportamentos lhes trazem uma grande
visibilidade dentro das empresas nas quais trabalham. No entanto, também há
aqueles que não concordam com este raciocínio, pois mesmo agindo como reza a
cartilha desta competência, creem que não tiveram o merecido reconhecimento.
Será?
Como tantas outras palavras que inundaram o jargão
corporativo nos últimos anos, o termo proatividade é usado indiscriminadamente,
o que faz com que o seu real significado já esteja distorcido há algum tempo.
Portanto, muita gente acredita que é proativa quando na realidade não é.
Ser proativo é antecipar-se às situações inéditas
de trabalho nas quais você pode intervir e fazer isto antes que o alerta de
incêndio já tenha sido acionado. Agir prontamente sem depender de instruções
alheias que digam o que e como se deve atuar em determinada situação. E o
principal: tendo precisão cirúrgica.
Creio que já dá para compreender que não é fácil
ser proativo. Quase tudo aquilo que tem a ver com a sua rotina de trabalho não
exige muita proatividade, já que se refere a situações previsíveis. O
comportamento proativo é percebido quando alguém, diante de atribuições ou
condições extraordinárias, dá conta do recado exatamente porque apresenta
atitudes que outras pessoas não teriam se estivessem em seu lugar.
Por conseguinte, ao perceber um problema, o
proativo visualiza a solução e identifica oportunidades que não são óbvias para
as demais pessoas, mas é preciso compreender que a iniciativa é um componente
da proatividade e não pode ser tratada como seu sinônimo.
A pessoa com comportamento proativo não é apenas
alguém que desenvolve ações antes dos outros e sim um profissional que, bem
informado acerca do contexto que o rodeia, utiliza seu potencial criativo para
resolver problemas – bons e ruins – que aparecem diante de si e serão
visualizados pelas demais pessoas apenas no futuro.
É por isto que não podemos confundir proatividade
com impulsividade. Quem possui iniciativa, mas atua com precipitação acaba
cometendo erros desnecessários exatamente por agir irrefletidamente. Postura
distinta do proativo, que atua de forma rápida e com firmeza antes de uma crise
sem esperar que ela se resolva por si só ou que outros a solucionem.
Ao mesmo tempo, se você exala iniciativa e
criatividade, no entanto os resultados que obtém são catastróficos para a empresa
na qual trabalha, não pode acreditar que será visto como proativo, já que o
diferencial é justamente manter uma boa performance ao lidar com a incerteza.
As pessoas proativas também possuem o senso de
prontidão aguçado. Antes de se reunirem com alguém costumam prever o que lhes
será questionado e levantam as informações relevantes para responder às
indagações na hora H. Curiosas, garimpam conhecimentos que ainda não são
obrigatórios em suas áreas de atuação e concebem projetos antes que a companhia
esteja consciente de sua importância.
Você também é proativo quando sabe que o cliente
não receberá a entrega da mercadoria no prazo acordado e renegocia
antecipadamente uma nova data com ele a fim de evitar um mal-estar maior. Ou
ainda quando prepara um relatório antes que a diretoria da empresa o peça.
Atitude contrária à do reativo, que sempre
necessita de um chacoalhão externo para pegar no tranco. É claro que ninguém é
proativo ou reativo o tempo todo, mas lampejos de proatividade não são
suficientes para encobrir um perfil reativo.
Como se acredita que 90% da população mundial seja
formada por pessoas reativas, este não é apenas um assunto corporativo e seus
reflexos estão por todos os lados. É a sociedade atual quem anseia que todos
nós realizemos as coisas que devem ser feitas sem que ninguém nos diga
exatamente o que e como.