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VIRTUEL atende quase 4 mil pessoas da comunidade universitária

quinta, 18 de junho de 2020

Criar e estimular a autocapacitação de professores e alunos; apresentar e debater boas práticas no uso de tecnologias digitais nos cursos presenciais e a distância; refletir sobre o impacto do uso das atividades não presenciais na era da nova normalidade; explicitar os desafios da universidade nos contextos não presencial, a distância e possíveis encaminhamentos ou soluções. Esses são os objetivos do “VIRTUEL: refletindo e capacitando”, evento da Universidade Estadual de Londrina (UEL) que tem quase 4 mil inscritos, entre professores, estudantes e técnicos.

O VIRTUEL foi aberto oficialmente nesta terça-feira (16), com a participação do reitor Sérgio Carvalho; a professora Marta Gimenes Favaro, pró-reitora de Graduação (PROGRAD); a professora Evelin Secco Faquin, coordenadora geral do Grupo de Estudos de Práticas de Ensino (GEPE). Após a abertura, integrantes da coordenação do evento, responsáveis pela programação e logística, passaram a explicar como funcionarão as atividades online de capacitação, que vão até o próximo dia 26.

A coordenação do VIRTUEL é composta pelo professor Pedro Paulo Ayrosa, diretor do Laboratório de Tecnologia Educacional (LABTED); Weliton José da Silva, do Departamento de Biologia Animal e Vegetal (BAV) do Centro de Ciências Biológicas (CCB); professor Leandro Arthur Diehl, do Departamento de Clínica Médica, do Centro de Ciências da Saúde (CCS); e Fabiano Ferrari Ribeiro, da Divisão de Apoio Administrativo da Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD).

A pró-reitora Marta destaca que, há dois meses, diversos setores da Universidade estão empenhados em pensar o retorno das atividades acadêmicas da graduação, suspensas – por causa da pandemia de COVID-19 – desde o mês de março. “Estamos imbuídos do mesmo objetivo, fazer com que a graduação da Universidade seja retomada, que retome suas atividades, mas faça isso com cuidado, com responsabilidade, gradativamente”.

A Câmara de Graduação propôs a retomada das atividades com calendário estendido, respeitando as particularidades de cada curso da Instituição. Para a pró-reitora, o VIRTUEL deve acolher as dificuldades que existem por parte dos professores, que precisam rever e recompor as formas habituais de trabalho, assim os estudantes que precisarão rever a forma de se relacionar com o conhecimento nas suas atividades acadêmicas. “O VIRTUEL abre, num primeiro momento, para que esta rede de colaboração vá se construindo gradativamente, ao passo que vamos construindo as atividades na proposta que foi apresentada de calendário estendido”.

O reitor Sérgio Carvalho destaca que a UEL suspendeu as atividades presenciais da graduação, mas manteve as da pós-graduação e, principalmente, mobilizou a comunidade universitária no enfrentamento ao coronavírus. Diversos setores se organizaram voluntariamente para produzir máscaras, face shield (protetor facial), álcool 70%, álcool em gel, doação de alimentos e material de limpeza, proteção a famílias, estudantes e outros segmentos vulneráveis. “Ali não estamos produzindo horas-aula para nossos estudantes. Estamos produzindo cidadania.”, destaca Sérgio Carvalho. “Nosso complexo de saúde mobilizou-se inteiramente para fazer frente a essa pandemia”, diz o reitor.

Nesse sentido, Sérgio Carvalho destaca que é preciso retomar as atividades acadêmicas, tendo em vista que a ocupação presencial do campus pode não acontecer, inclusive, no segundo semestre. Essa situação também afeta outras universidades do estado e do país. A pandemia de COVID-19 já matou cerca de 45 mil pessoas em todo o Brasil, que registra quase um milhão de infectados. “Não temos previsão de um horizonte de ocupação do nosso campus”.

O reitor ressalta que essa situação emergencial tem resposta do governo do Paraná e da Prefeitura de Londrina, com quem a UEL fez parcerias para a realização de exames diagnósticos e estruturação do Hospital Universitário como hospital de campanha/retaguarda. “No entanto, a falta de comando nacional no combate à pandemia faz com que qualquer tipo de planejamento de volta seja temerário. E não podemos colocar a vida dos nossos estudantes de graduação, dos nossos docentes e a vida dos nossos técnicos em risco”.

Planejamento – O reitor disse que o retorno das atividades de graduação deve ser feito de maneira planejada. “Precisamos trazer esses estudantes de graduação para a vida universitária novamente, para o processo formativo”, diz Sérgio Carvalho. Ele justifica esse retorno porque a economia mundial deve sofrer a maior crise desde a depressão de 1929. “Eles precisam da formação superior porque isso facilitará um enfrentamento dos desafios que terão no mercado de trabalho”.

Além disso, o reitor disse que é preciso trabalhar de maneira crítica todo esse processo, assim como os próprios conteúdos dos mais variados currículos e projetos pedagógicos. “Nós precisamos trazê-los. No entanto, nós docentes e técnicos vivemos os temores de fazer algo nesse momento. Estamos procurando fazer algo da forma mais organizada e pensada possível, de maneira a não romper com um princípio basilar que é transversal a todos os projetos pedagógicos da Universidade Estadual de Londrina, a inclusão”.

Fonte: Agência UEL