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Vectra Construsom traz Mart’nália para Londrina

Vectra Construsom traz Mart’nália para Londrina

sexta, 07 de abril de 2017
Categoria: noticia

Show está agendado para 5 de maio, no Teatro Marista

Vectra Construsom traz Mart’nália para Londrina - LondrinaTur

Mart’nália sempre aposta na mistura de ritmos e traz a Londrina todo o gingado de seu samba para o palco do projeto Vectra Construsom. Com habilidade para interpretar canções da música popular brasileira de uma forma totalmente despojada e sutil, a cantora apresenta o álbum +Misturado, seu décimo primeiro disco, além de sucessos da carreira que já soma trinta anos.

Herdeira do talento dos pais, o notável sambista Martinho da Vila e a cantora Anália Mendonça, Mart’nália é uma artista versátil e completa. Já se aventurou inclusive como atriz no seriado “Pé na Cova”, de seu grande Miguel Falabella, interpretando a borracheira Tamanco.

Mart'nália começou cedo. Antes de lançar "Mart'nália" (1987), a jovem cantora já fazia backing vocal com a irmã nas apresentações do pai. Passando por grupos diversos e bares do cenário carioca, lançou em 1995 o disco "Minha Cara", produzido pelo pai.  Outro álbum que ganhou destaque foi "Pé do Meu Samba" que teve a faixa título composta por Caetano Veloso especialmente para a artista. Na turnê deste álbum, Mart'nália recebeu vários convidados especiais como o próprio Caetano, Moska, Fernanda Abreu, Zélia Duncan e Lenine.

 +Misturado – O som nosso de cada dia (por Miguel Falabella)

 Eu poderia contar algumas histórias sobre Mart’nália, já que temos nos cruzado na vida, e na arte, repetidas vezes, mas essa não é a ocasião. Estou aqui para celebrar a intérprete, que nos apresenta seu +Misturado, uma coletânea de sambas e canções que afagam o coração, desde a primeira batida, na homenagem a seu grande pai, já que é de Martinho da Vila o clássico “Ninguém conhece Ninguém”, a faixa de abertura. Depois da reverência, as portas permanecem abertas para os ritmos, vozes, convidados daqui e d’além-mar, todos especialíssimos, que nos tomam pela mão e nos apresentam iguarias  que Mart’nália vai nos servindo com a simplicidade e o talento usuais. 

Sempre tive uma conexão muito forte com ela, isto é público e notório, sempre admirei sua liberdade e estilo único. E sempre me perguntei de onde viria esse entendimento, esse consentimento, esse prazer de se estar perto, já que temos histórias e formações tão diferentes. Ouvindo seu último trabalho, esse +Misturado, assim batizado porque é o que é, na calada da noite, chegou-me a resposta de mansinho: Mart’nália canta para o mundo real, aquele que está bem ali, do lado de fora da porta e que sai descalço, de calça curta, senta na mureta e bebe todas, como a musa de “Tomara”, sua parceria com Mombaça.  E talvez seja esse o segredo da conexão que ela estabelece imediatamente com todos aqueles que têm a oportunidade de ouvi-la e/ou assisti-la. Mart’nália nos sussurra palavras de amor num dialeto que todos entendemos perfeitamente, pois sua cadência é aquela do incendiado subúrbio carioca, uma sonoridade que rompeu as barreiras geográficas e é percebido em grande parte do país.

Ao longo das quatorze faixas desse trabalho, Mart’nália nos apresenta alguns de seus encontros notáveis, trazendo suas particularíssimas leituras de Gil e Caetano, brindando com Teresa Cristina, Zélia Duncan, Geraldo Azevedo, Zé Ricardo, Djavan, Lokua Kanza e outros notáveis, o prazer de fazer música. E como se não bastasse, ela ainda nos oferece de quebra, tocando uma corda de cada coração, sua honesta leitura de Lupicínio Rodrigues, que ela não por acaso oferece a Maria Bethânia. Chega-se ao fim de +Misturado com a sensação de que Mart’nália é uma velha amiga que acalenta nosso cotidiano com seu canto. E traz, em cada nota, um pouco da história de todos nós. A sensação não é ilusória, acreditem!

Mart’nália é aquilo que canta. Notável, desabrida, louca, livre, ela se mostra como é: misturada, brasileira, engraçada, poética e sempre autêntica em suas escolhas. Divirtam-se!

Vectra Construsom

A vinda de Mart´nália a Londrina marca o 23º espetáculo promovido pelo projeto sociocultural Vectra ConstruSom, que já trouxe aos palcos londrinenses artistas consagrados como Badi Assad, Terra Sonora, Ná Ozzetti, Tetê Espíndola, Sururu na Roda, Geraldo Azevedo, Mônica Salmaso, Uakti, Chico César, Zé Renato e Renato Braz, Vitor Ramil, Mariana Aydar, Ana Cañas, Céu, Siba, Joyce Moreno, Kleiton & Kledir, Rolando Boldrin, Adriana Calcanhotto, Paulinho Moska e Arnaldo Antunes. Essa iniciativa é realizada ininterruptamente desde 2006 graças ao investimento da Vectra e à parceria de outras empresas londrinenses.

Fonte: Divulgação