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Depoimentos emocionantes de pessoas submetidas a transplantes de órgãos marcaram o lançamento da campanha “Setembro Verde”, na tarde de terça-feira (6), na Câmara de Vereadores. Realizada durante a sessão ordinária, a cerimônia contou com a presença da coordenadora da Organização de Procura de Órgãos e Tecidos para Transplantes (OPO) / Regional Londrina, Ogle Bachi; da chefe da 17ª Regional de Saúde, Terezinha Sanchez; e da diretora geral da Secretaria Municipal de Saúde, Eliana Marussi.
Para a vereadora Lenir de Assis (PT), autora da lei nº 12.175/2014, que instituiu o Dia Municipal do Doador de Órgãos e Tecidos, a criação do “Dia Verde”, celebrado em 27 de setembro, e do “Setembro Verde” colaboraram, nos últimos dois anos, para os avanços nos números de transplantes. “Mais pessoas estão doando e mais pessoas estão sendo salvas”, comemorou a vereadora.
Segundo dados da 17ª Regional de Saúde, os primeiros seis meses de 2016 já contabilizaram 218 transplantes de rim, contra 97 no ano de 2011. “Em todo o ano de 2011 também foram realizados 39 transplantes de fígado, contra 97 só no primeiro semestre. Naquele ano todo foram 11 transplantes do coração, para 14 realizados só este ano; 17 transplantes de pâncreas, para 23 este ano e 680 de córnea em todo o ano, para 594 nos primeiros meses deste ano”, detalhou Terezinha Sanchez.
Mobilização – A chefe da 17ª Regional afirmou ainda que a lei aprovada na Câmara e eventos como o desta tarde vêm para premiar os serviços de transplante. “Sem dúvida é a melhor estratégia de mobilização da comunidade. E vamos conseguir fazer muito mais daqui para a frente”, garantiu, lembrando que as equipes dos hospitais secundários de Londrina e região foram qualificadas para também realizarem a captação de órgãos.
Para a coordenadora da OPO, Ogle Bachi, o Setembro Verde é uma oportunidade para refletir sobre o assunto e repensar decisões. “Para quem espera é mais esperança e um sentimento de não estar sozinho, porque esperar na fila por um transplante quase sempre é algo muito solitário. Este, portanto, é um momento muito importante. Hoje cerca de 30% do total de doadores viáveis no Paraná efetivamente tem os órgãos doados. Nossa meta é chegar a 50%.” Embora os números sejam positivos nos últimos anos, a fila de espera por um transplante de órgão ainda conta com 1.919 pacientes cadastrados no Estado.
Durante a abertura da campanha dois transplantados, Alexandre Barroso e Edmilson Andrade, falaram da experiência de ganhar uma oportunidade de vida graças à solidariedade de familiares de pessoas que faleceram. “Fiz nove cirurgias e renasci três vezes. Isto é obra de pessoas que tiveram a capacidade de compreender que uma só pessoa pode salvar várias outras vidas”, afirmou Barroso, que fez dois transplantes de fígado e um de rim.
Fonte: ASCOM/CML