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Secretaria da Mulher promove ações para o Dia Estadual de Combate ao Feminicídio

quarta, 22 de julho de 2020

As iniciativas consistem em lives, via Instagram, e uma cerimônia de apresentação da nova sede do CAM

Divulgação

No dia 22 de junho é comemorado,no Paraná, o Dia Estadual de Combate ao Feminicídio. Diante disto, a Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres (SMPM) preparou algumas ações com o objetivo de agregar no enfrentamento à violência doméstica. Dentre as propostas estão lives que serão divulgadas no Instagram da SMPM (@sec.mulherlondrina), entre quarta (22) e sexta-feira (24), e uma cerimônia de apresentação da nova sede do Centro de Atendimento à Mulher (CAM), com a presença do prefeito Marcelo Belinati.

A programação virtual consiste em quatro lives, realizadas via Instagram. A primeira ocorrerá na quarta-feira (22), às 19h30, com a participação da delegada de polícia da Delegacia da Mulher de Londrina, Magda Marina Hofstaetter, e da secretária da SMPM, Liange Doy Fernandes. A proposta será abordar o tema “Feminicídio: o assassinato de mulheres em razão do gênero”.

De acordo com a delegada, o conteúdo da live visa discutir as formas de violência que podem levar ao feminicídio e como combatê-las. “A violência contra a mulher continua sendo um grave problema social no Brasil e no mundo, apesar da luta feminista em torno da questão. Hoje o Brasil é o quinto país no ranking dos que mais matam mulheres por questões de gênero. E daí a importância desta live. Há a necessidade de levar informação às pessoas. Vamos abordar o tema do feminicídio, mas também falar de outras formas de violência que se manifestam antes do grau máximo que seria a morte. De como as mulheres podem buscar ajuda e como a sociedade, de modo geral, pode contribuir para a erradicação dessa forma de violência”, explicou.

Na quinta-feira (23) acontecerão mais dois encontros. O primeiro terá início às 17h e tratará da “Violência contra a mulher em contextos religiosos”. O evento será mediado pela diretora de enfrentamento à violência contra a mulher, Karen Ikeda, e terá como convidada Vanessa Carvalho de Mello, integrante do coletivo Evangélicas pela Igualdade de Gênero (EIG).

Já às 19h uma outra live será efetuada entre a secretária da pasta e a professora, doutora. Claudete Canezin, do Núcleo Maria da Penha (NUMAPE). O tema da vez diz respeito ao “Acesso à justiça para mulheres em situação de violência doméstica e familiar”. Por fim, na sexta-feira (24), às 17h, a palestrante Monalisa Martins e a diretora Karen Ikeda focarão no assunto “O amor próprio como instrumento de superação da violência doméstica”.

CAM– A cerimônia de apresentação do novo CAM, por sua vez, ocorrerá na quarta-feira (22), às 10h, na Avenida Santos Dumont, 408. Estão previstos para comparecer o prefeito, a secretária da pasta, Liange Doy Fernandes, e a delegada de polícia da Delegacia da Mulher de Londrina, Magda Marina Hofstaetter. Na oportunidade acontecerá uma visita pelas instalações do local, que atende mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, residentes no município de Londrina. Uma equipe do CAM, composta por psicólogas, assistentes sociais e advogada também estará presente no evento realizando atendimentos.

Vale ressaltar que esta nova sede do CAM está funcionando de segunda a sexta, das 8h30 às 12h30 e das 13h30 às 17h30, desde o início de maio. O local segue todas as diretrizes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para garantir segurança e proteção aos atendimentos durante a pandemia do novo coronavírus.

Este é o segundo ano em que o Dia Estadual de Combate ao Feminicídio é comemorado, no Paraná. “Esta data nos faz enxergar que qualquer mulher pode vir a ser vítima de feminicídio, infelizmente. Tatiane era uma advogada, conhecedora de seus direitos, mas talvez tenha lhe faltado o acolhimento necessário para o rompimento do ciclo de violência doméstica. Neste ano, o segundo da lei estadual que enfatiza a necessidade de se falar deste tema tão entristecedor, queremos mostrar a todas as mulheres londrinenses que elas não estão sozinhas. Que elas podem procurar ajuda e devem saber que têm serviços às suas ordens. Não apenas iniciativas da Secretaria da Mulher, mas de toda a rede de enfrentamento à violência doméstica”, destacou a secretária da SMPM.

Por conta da pandemia do novo coronavírus a Rede de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência sofreu algumas mudanças no seu funcionamento. Canais de comunicação foram readequados, priorizando o atendimento por telefone, WhatsApp, e-mail e outros instrumentos virtuais. Confira abaixo o telefone de cada unidade de assistência:

Guarda Municipal, 153.

Polícia Militar, 190.

Delegacia da Mulher (Rua Almirante Barroso, 107, Vila Brasil), 3322-1633.

Delegacia Plantão da Polícia (Avenida Santos Dumont, 422), 3378-3000.

CAM, 3378-0132 ou pelo e-mail [email protected].

Plantão Casa Abrigo, 153.

Vara Maria da Penha, 99827-4808.

Ministério Público, 99669-8075.

Instituto Médico Legal (Avenida Dez de Dezembro, 4100), 3343-6757 ou 99179-4335.

NUMAPE, 3344-0929 ou pelo e-mail [email protected].

Programa Rosa Viva (atendimento emergencial de violência sexual de meninas com idade acima de 12 anos e mulheres), funcionamento 24h por dia, na Avenida Jacob Bartolomeu Minatti, 350, no Centro.

Sinal Vermelho – Como forma de aumentar a proteção às mulheres vítimas de violência doméstica, no Brasil, há ainda a campanha nacional do Sinal Vermelho, que recentemente foi instaurada pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Para isto basta a vítima se dirigir até uma farmácia e mostrar ao balconista a palma da mão com a marcação de um “X”. A partir daí o atendente deverá comunicar, imediatamente, a Polícia Militar através do 190.

Dados – A Secretaria Municipal de Política para as Mulheres fez um levantamento dos atendimentos às mulheres em situação de violência no ano de 2019 e no período de janeiro a maio de 2020. De acordo com os dados, foram registrados 386 novos casos de mulheres atendidas no CAM em 2019, uma média de 32 por mês. Em 2020, de janeiro a maio, foram somados 133 novos atendimentos, com uma média mensal de 26,6. Já a Casa Abrigo Canto de Dália registrou 55 mulheres acolhidas em 2019, média mensal de 4,5, contra 24 este ano, no período citado, média mensal de 4,6.

Fonte: N.Com