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Rede de Enfrentamento à violência doméstica divulga campanha

Rede de Enfrentamento à violência doméstica divulga campanha

sexta, 10 de julho de 2020

“Mulher, vai tudo bem contigo?” tem por objetivo chegar aos lares de vítimas e ajudá-las a romper com esse ciclo

Divulgação

Para tratar sobre a violência contra a mulher em tempos de pandemia, a Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar de Londrina (REVDF) está divulgando a campanha “Mulher, vai tudo bem contigo?”, promovida pelo coletivo Evangélicas pela Igualdade de Gênero (EIG) e pelo Koinonia Presença Ecumênica.

O objetivo da campanha é chegar aos lares das mulheres, que sofrem qualquer um dos tipos de violência doméstica e familiar, seja física, psicológica, moral, financeira ou sexual. Para saber como ouvi-las e orientá-las corretamente, mostrando quais serviços de atendimento estão disponíveis no município, o coletivo está promovendo uma formação para multiplicadoras de escuta ativa e empática.Mais informações em https://campanhaeigkoinonia.wixsite.com/mulhervaitudobe .

Segundo a secretária municipal de Políticas para as Mulheres, Liange Doy Fernandes, é importante realizar campanhas sobre o assunto, visto que muitas mulheres dizem que estão bem, quando na verdade sofrem violência dentro de casa. Assim, devido a vários fatores, elas tendem a se isolar e não falar sobre o que realmente ocorre. “O coletivo integra a Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica, Familiar e Sexual de Londrina e precisa estar com suas ações alinhadas, para que os encaminhamentos respeitem os fluxos estabelecidos, por isso estamos ajudando a divulgar a campanha e a formação”, explicou.

A formação pode ser concluída até o dia 31 de agosto, quando a plataforma das aulas será encerrada. As atividades são todas transmitidas pela internet e podem ser acessadas pelo computador, tablet ou smartphones. A intenção é que quanto mais pessoas tiverem informações sobre como agir diante de relatos de agressão e violência (nos mais diversos espaços, como nas igrejas, comunidades, instituições de ensino, locais de trabalho, entre outros), mais chances as vítimas terão de romper com o ciclo da violência e de serem amparadas por profissionais especializados. Apesar de o grupo promotor da ação (EIG) ser formado por mulheres evangélicas, podem participar da formação todos os interessados em ajudar a combater a violência de gênero.

A coordenadora EIG, Vanessa Carvalho de Mello, explicou que a campanha surgiu para colaborar com outras iniciativas de enfrentamento às violências contra as mulheres que, durante a pandemia, tem aumentado. Levando-se isso em consideração, os organizadores se inspiraram no texto bíblico de 2 Reis 4:8-37, onde há o relato de uma mulher da cidade de Suném, que havia perdido o filho e estava desolada, mas quando questionada se estava bem, ela respondi que sim e omitia o real sentimento. “Essa resposta te faz lembrar de algo ou alguém? Essa reposta nos faz lembrar de milhares de mulheres em nossas igrejas, que estão em casa  convivendo com o agressor e têm respondido “está tudo bem”, quando, na verdade, elas têm vivenciado situações em que seus lares estão destruídos, sofrendo humilhações, isolamentos e outras violências”, disse.

Rede – A Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar de Londrina (REVDF) conta com uma vasta gama de serviços gratuitos às mulheres. Entre eles estão: Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres, Secretaria Municipal de Defesa Social (Patrulha Maria da Penha), Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CAM), Casa Abrigo Canto de Dália, Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher (6ª Vara – Maria da Penha), entre outros.

Onde denunciar – Denúncias de casos de violência contra qualquer mulher, criança, adolescente ou idoso podem ser encaminhadas para o e-mail [email protected] ou por ofício à Delegacia Especializa no Atendimento à  Mulher (DEAM), que fica na Rua Almirante Barroso, 107. Ela também conta com um número de WhatsApp, onde recebe imagens, áudio ou filmagens de ocorrências de violência, pelo (43) 3322-1633.

Se a violência doméstica e familiar estiver acontecendo deve ser chamada a Polícia Militar do Paraná pelo 190 ou a Guarda Municipal pelo 153, que encaminhará a Patrulha Maria da Penha. O Disque 180 da Central de Atendimento à Mulher também ajuda as vítimas de violência.

Para casos de violência com grave ameaça e risco de morte, as vítimas e seus dependentes menores de 18 anos devem recorrer a Casa Abrigo Canto de Dália, que as acolhe em local seguro e sigiloso. Para isso, deve ser procurado o Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CAM), pelo telefone 3378-0132.

No CREAS IV também é possível denunciar os casos de violência contra os idosos. O telefone para contato é o (43) 3378-0405. O Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (CREAS IV) fica na Avenida Rio de Janeiro, 1.560.

Fonte: N.Com