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Qual recurso é mais valioso: foco ou tempo?

quinta, 18 de fevereiro de 2021
Categoria: noticia

Quantas pessoas, que passaram a contar com tempo de sobra em sua rotina, ainda continuam perdidas no redemoinho do dia a dia?

É comum escutarmos pessoas afirmarem que tempo é o recurso mais valioso em nossas vidas. Porém, discordo deste ponto de vista. Podemos ter todo o tempo do mundo e, simplesmente, não sabermos aproveitá-lo, como acontece com muita gente.

O confinamento forçado na pandemia é uma prova cabal. Quantas pessoas, que passaram a contar com tempo de sobra em sua rotina, ainda continuam perdidas no redemoinho do dia a dia? E um dos principais motivos é que lhes falta foco.

O psicólogo e escritor norte-americano Daniel Goleman ensina que existem três tipos de foco: o internoaquele dirigido aos outros e o externo.

foco interno existe quando você tem autoconsciência e autocontrole. Ou seja, sabe aonde quer chegar e ainda não permite que revezes ou distrações o retirem do caminho escolhido. Infelizmente, algumas pessoas, mesmo detalhando objetivos, logo se perdem. É só aparecer algum obstáculo ou oportunidade atraente e elas já abandonam o plano traçado.

foco no outro é aquele que possibilita que você faça a leitura correta das pessoas e define o tipo de relacionamento que estabelece com cada uma delas. Portanto, é aqui que a empatia faz a diferença. Caso do vendedor que demonstra interesse genuíno em atender seus clientes da melhor forma possível ou do simples gesto de abaixarmos na hora de conversar com uma criança.

Clique na imagem para assistir o vídeo no YouTube.

Em contrapartida, o foco externo permite você enxergar fora do seu quintal, compreendendo o contexto, sistemas e padrões que o afetam. Quando você se pergunta o que será do mundo pós-pandemia, está exercitando exatamente o foco externo. Ao tomar decisões que diferenciam a sua empresa dos concorrentes, idem.

Creio que você já entendeu. Foco é um recurso escasso porque exige a capacidade de darmos atenção a nós mesmos, às pessoas que estão ao nosso redor e ao contexto em que atuamos. E esse tipo de equilíbrio não é nada simples, pois implica renúncias.

O escritor Timothy Ferriss, inclusive, costuma lembrar: “Concentre-se em ser produtivo em vez de se manter ocupado”. Afinal, de que adianta completar os 10 itens da sua lista de coisas a fazer e depois descobrir que não deveria ter executado oito delas? O seu tempo foi mal-empregado.

Pensando nisso, se você quer ser uma pessoa focada a partir de agora, avalie:

— O que precisa receber a sua atenção de verdade e quais coisas devem ser deixadas de lado?

— Como você pode proporcionar mais alegria às pessoas que o(a) rodeiam?

— Quais comportamentos vão ajudá-lo(a) a olhar para “fora da caixa” em seu negócio e carreira a fim de conectar as “pontas soltas”?

E depois de responder às questões acima, tenha em mente o ensinamento de Jim Collins: “Se você tem mais do que três prioridades, então não tem nenhuma”. Foco é saber aquilo que deve receber a sua atenção, fazer caber dentro da agenda e, especialmente, não tentar realizar tudo de uma vez só.

Palestrante e consultor empresarial especialista em Formação de Lideranças, Desenvolvimento Gerencial e Gestão Estratégica, também é professor universitário em cursos de pós-graduação. Mestre em Administração de Empresas, possui MBA em Gestão Estratégica de Pessoas e é autor dos livros “Líder tático” e “O gerente intermediário”, ambos publicados pela Ed. Qualitymark.