Projeto que visa maximização de lucros na cultura da soja é vencedor do 1º Hackathon Paranaense do Agronegócio
Maratona contou com
a participação de 80 pessoas, em 18 equipes; todas elas desenvolveram
projetos de TI voltados para o agronegócio
A primeira edição do “Hackathon Smart Agro ExpoLondrina
2016”, que aconteceu entre os dias 8 e 10 de abril, durante a 56ª Exposição
Agropecuária e Industrial de Londrina, foi um sucesso. O hackathon é uma
maratona que reúne programadores, designers e empreendedores com o objetivo de
estimular o desenvolvimento de um software relacionado ao tema “Smart Agro: Os
desafios do Agronegócio Inteligente – IoT como fonte de competitividade”.
Participaram da maratona 80 pessoas, que se dividiram em 18
times. As equipes tiveram 47 horas para elaborar os projetos. No primeiro dia,
eles contaram com sugestões de mentores, que ajudaram os participantes a
‘refinar’ as ideias. As soluções apresentadas foram analisadas por uma banca
avaliadora. Os três primeiros colocados receberam os valores de R$ 5 mil, R$ 3
mil e R$ 1 mil, respectivamente.
A premiação, para o 1ª colocada, contemplou ainda pré-incubação na Incubadora
de Empresas de Base Tecnológica (INTUEL), da Universidade Estadual de Londrina
(UEL), consultoria ofertada pelo Sebrae/PR ,uma bolsa integral de MBA na
unidade do Senai em Londrina, no valor médio de R$ 15 mil, a ser cotizado entre
os membros da equipe vencedora, e uma viagem para o Vale do Silício, nos
Estados Unidos – polo industrial na área do Tecnologia da Informação, que é uma
referência no mundo todo.
Para Fabrício Bianchi, consultor do Sebrae/PR, o primeiro
hackathon no Brasil que abordou a temática do agronegócio cumpriu sua proposta.
“A maratona envolveu dois setores importantes para a economia da cidade e
estimulou o empreendedorismo e geração de novos negócios. Nossa expectativa era
exatamente essa, de promover a transferência de conhecimento da TI para o
agronegócio. Acredito que conseguimos gerar projetos inovadores que possam
agregar valor para esse setor, que é importante para o desenvolvimento da
economia no Brasil”, avalia.
Projeto vencedores
A equipe vencedora foi a Agrotec, autora do Projeto Safe
Seed, que prevê a maximização de lucros na cultura da soja, por meio da
diminuição de riscos na tomada de decisões durante a semeadura. Luiz Guilherme
Lira de Arruda, um dos integrantes do time campeão, conta que, desde o início
da competição, a equipe estava disposta a se dedicar para ficar entre os três
primeiros colocados. “O primeiro lugar foi uma surpresa, mas estamos muito
felizes. Já estamos buscando a forma de desenvolver o produto para colocá-lo no
mercado. A maratona também é uma oportunidade para conhecer e captar
informações sobre o mercado. E a premiação, principalmente a viagem para o Vale
do Silício, deixou a equipe bem animada.”
O segundo lugar ficou com a NF UFRGS, criadora da Campo
Limpo, uma solução para o compartilhamento colaborativo de incidências de
doenças, pragas e plantas daninhas. Pedro Martins Dusso, representante da
equipe, relata que eles levaram a maratona bem a sério. “A nossa equipe já
tinha bastante afinidade e começamos dispostos a buscar o prêmio. A ajuda dos
mentores, principalmente do Leonardo Tostes, foi muito importante. Ele nos
ajudou a perceber a importância do caráter social do projeto, que vai
contribuir com produtores que não têm dinheiro para contratar uma ferramenta”,
diz Pedro Dusso. Ele acrescenta que a equipe pretende levar a ideia adiante.
Para isso, vai consolidar o plano de negócios para tornar o projeto uma
realidade.
Os integrantes da FullStack conquistaram a medalha de bronze.
Eles desenvolveram a ZeroWaste, que visa a otimização da logística no
transporte de ração para animais. Emmanuell Scolimoski, um dos participantes da
equipe, explica que não foi fácil de chegar a um resultado tão positivo, que
garantiu a eles um lugar no pódio. “A maratona nos proporcionou um grande
aprendizado. Conseguimos mostrar que nossa ideia tinha valor e agora já estamos
discutindo quais são os próximos passos para colocar o projeto em prática. A
intenção é criar um protótipo piloto e vender a solução em larga escala”,
destaca.
Realização
Além do Sebrae/PR, a realização e organização do evento é da
Sociedade Rural do Paraná (SRP), Senai, Instituto de Desenvolvimento de
Londrina (Codel), Sercomtel, Universidade Estadual de Londrina (UEL), IBM, Arranjo
Produtivo Local (APL) de Software de Londrina e Região, Central de Inovação,
Desenvolvimento e Negócios Tecnológicos (Cintec), Sindicato das Indústrias de Tecnologia de Informação
(Sinfor PR), com apoio da Terra Roxa, Fundação Meridional, Empresa de Assistência Técnica e Extensão
Rural do Paraná (Emater-PR), Secretaria de Agricultura e Abastecimento do
Paraná (Seab), Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Sindicato Rural, entre
outros parceiros.
Fonte: Divulgação