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Profissionais estrangeiros buscam experiência na Bebê Clínica da UEL

Profissionais estrangeiros buscam experiência na Bebê Clínica da UEL

sexta, 28 de fevereiro de 2020
Profissionais estrangeiros buscam experiência na Bebê Clínica da UEL

Magdalena Torres e Oscar Camacho

A cirurgiã dentista Magdalena Torres é salvadorenha, com formação em Odontologia pela Universidade de El Salvador, em 2009, na capital São Salvador. Em Londrina, ela está concluindo a especialização Residência em Odontopediatria pela UEL. A profissional atua na Clínica de Especialidades Infantis, a Bebê Clínica, órgão suplementar vinculado ao curso de Odontologia, do Centro de Ciências da Saúde (CCS).

Magdalena Torres está no Brasil, desde 2016, para realizar o Mestrado em Odontologia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com bolsa de estudos da Organização dos Estados Americanos (OEA). Em 2018, ela veio para Londrina realizar a residência na UEL, curso que conclui nos próximos dias. A cirurgiã dentista diz que conheceu o projeto da Bebê Clínica pelos seus professores em El Salvador, durante a graduação. “A Bebê Clínica da UEL é uma referência internacional”, afirma com entusiasmo.

Ela diz que em seu país, o atendimento infantil é realizado para crianças a partir dos 3 ou 4 anos. Há clínicas de odontopediatria, mas não há ações direcionadas para bebês. “Se você investe na prevenção desde bebê, os adultos serão mais saudáveis. É preciso trabalhar desde cedo”, afirma Magdalena Torres, que pretende, ao voltar para El Salvador, atuar como docente, na formação acadêmica. Segundo ela, a Universidade de El Salvador implantou, recentemente, um programa de pós-graduação em Odontopediatria.

A cirurgiã dentista afirma que chama a sua atenção o compromisso dos professores e dos técnicos da Bebê Clínica. “Como eles são apaixonados pelo que fazem e transmitem isso para nós. Outro aspecto bonito é que estabelecemos um vínculo forte com o paciente e sua família”, afirma Magdalena Torres, que ressalta, também, o acolhimento que teve no projeto da UEL. “Fui muito bem recebida por todos.”

México – O cirurgião dentista Oscar Antonio Baro Camacho é outro estrangeiro a atuar na Bebê Clínica, em Londrina. Ele está há pouco mais de um mês como estagiário voluntário. Ele é mexicano de Sinaloa, a cerca de 1.400 km ao norte da Cidade do México, a capital do país. Segundo ele, após a conclusão do curso superior, no México, o profissional realiza trabalho social por um ano, no serviço público. Ele atuou no Hospital de Sinaloa.
Foi nesse hospital, que Oscar Camacho conheceu a Bebê Clínica porque trabalhou com a cirurgiã dentista Dora Catalina Bernal Verdugo, que fez residência em Odontopediatria na UEL, em 2014, e que atua na prevenção odontológica, odontologia para bebês e odontopediatria. Ele afirma que no México, a atenção odontológica a crianças começa aos 3 anos de idade, não tendo programas para bebês. “Tem pouca informação para o atendimento a bebês”, afirma o mexicano.

Outro aspecto apontado pelo estagiário é o fato de o atendimento infantil no México priorizar a atenção curativa, com pouca ênfase na prevenção, o que afeta o acesso à informação da população. “Observei que muitas mães e pais não têm cultura de prevenção”, afirma. “Espero voltar para o México e levar todo esse conhecimento que vou adquirir aqui para aplicar lá”. Oscar Camacho diz que pretende fazer o processo de seleção para a residência em Odontopediatria.

O professor Antonio Ferelle, diretor da Bebê Clínica, ressalta a importância de profissionais estrangeiros atuarem como residentes e estagiários no órgão da UEL. “Muitos países não têm serviços organizados para a saúde bucal de bebês. Por isso, a importância desses profissionais levarem esse conhecimento em odontologia para seus países para disseminar a informação e ajudar na organização do serviço”.

Fonte: Agência UEL