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Prisão de ventre: principais causas e como tratar

Prisão de ventre: principais causas e como tratar

domingo, 24 de janeiro de 2021
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Condição pode ser um indicativo de problemas em outras partes do corpo

A constipação, apesar de ser tabu para muitos, não é um problema incomum. Estudos apontam que 20 a 30% dos brasileiros sofrem com essa condição, definida pela ida ao banheiro menos de três vezes por semana, sensação de evacuação incompleta ou esforço para fazer as necessidades, mesmo que as faça todos os dias. Além dessa variedade de sintomas, o problema também  pode ter diversas causas que vão além da alimentação.

De acordo com o médico proctologista atuante na clínica especializada Endoskope, em Curitiba, no Paraná, Dr. João Ricardo Duda, a prisão de ventre pode ser dividida em dois tipos: primária e secundária. Na primeira variação, as causas são muito diversas, mas estão ligadas ao funcionamento do corpo.

“Pode estar relacionada à redução da percepção das fezes na ampola retal, ou a movimentos intestinais mais lentos. Além disso, pode haver disfunções no assoalho muscular pélvico, especialmente a incoordenação do esfíncter anal. Há grande relação com a Síndrome do Intestino Irritável tipo constipativa”, explica.

Já a secundária tem causa mais clara e objetiva, ligada exclusivamente a hábitos da pessoa atingida pelo problema, como sedentarismo, alimentação pobre em fibras vegetais e pouca ingestão de água.

Além dessas motivações, outras doenças, até mesmo em locais do corpo distantes do intestino, como problemas psicológicos, podem afetar as idas ao banheiro. É o que diz João Ricardo: “Doenças anais como fístulas e hemorroidas, tumores intestinais, megacólon, doença diverticular do cólon e megarreto são causas estruturais que causam constipação. Há também as causas sistêmicas, como desordens endócrinas, metabólicas, neurológicas e do tecido conjuntivo […] Podemos ainda citar as desordens psicológicas, como depressão, ansiedade e desordens alimentares”.

Até mesmo algumas medicações podem travar o intestino, como alguns remédios para tratar depressão, analgésicos opióides e antiácidos à base de cálcio e alumínio, por exemplo. Nesses casos, o paciente deve consultar o médico que prescreveu a medicação, para que o sintoma seja investigado e, se necessário, haja a suspensão do remédio.

Como melhorar o ritmo intestinal

A receita para melhorar o quadro, ou prevenir que a constipação seja desenvolvida, não é complicada. No geral, é recomendada a ingestão das fibras vegetais, contidas em legumes, verduras, frutas e cereais, acompanhada de uma ingestão diária de água – em torno de oito copos de 250 ml por dia.

Outros comportamentos, como praticar atividade física, que ajuda a acelerar o metabolismo, não segurar a vontade de ir ao banheiro e utilizar um apoio sob os pés enquanto evacua, para formar um ângulo de 35 graus com os joelhos, também ajudam a aliviar os sintomas.

Também há indicação para casos nos quais apenas os hábitos saudáveis não estejam resolvendo, ou quando o desconforto é grande demais e o problema precisa ser resolvido imediatamente. Apesar de algumas dessas medicações, como laxantes e cloreto de magnésio funcionarem e não precisarem de prescrição médica para serem compradas, a indicação de um especialista é sempre necessária, já que, como vimos aqui, a constipação pode indicar disfunções ainda mais sérias.

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