Integrantes da Rota do Café aprendem a contar a história da região norte do Paraná
Resgatar a cultura e a história de uma das regiões produtoras de café mais importantes...
A empreendedora e empresária Cornélia Margot Gamerschlag, da Fazenda Palmeira, foi uma das ?estrelas? da ?Oficina de Contação de História?, oferecida pelo Sebrae/PR, especialmente para os participantes do Projeto Rota do Café. A oficina foi realizada na semana passada, em Londrina, no escritório do Sebrae/PR.
Cornélia narrou, em primeira pessoa, uma visita fictícia à Índia e contou que lá ?conheceu? um encantador de serpentes, durante um passeio em uma feira livre. O homem permanecia sentado no chão da praça e proporcionava um espetáculo com a serpente, que interagia com as pessoas e chamava a atenção do público no local.
No entanto, contou Cornélia, uma bela moça atraiu o olhar do rapaz e, num momento de distração, ele acabou perdendo o controle sobre o animal, que quase fugiu, causando medo e transtornos à comunidade. Ainda segundo a lenda, o homem que matar uma cobra terá em troca outras mil da mesma espécie.
Com base na ficção, Cornélia garante que nunca mais matou nenhuma cobra que apareceu em seu cafezal, localizado no norte do Paraná. Quando recebe a visita indesejável do animal, ele é recolhido e devolvido ao seu ambiente natural, onde não provoca perigo aos seres humanos.
Contar uma boa história parece algo simples, mas não é. Nem todos têm a habilidade de Cornélia. Narrar requer técnicas teatrais, vocais, expressão corporal, além da preparação de um ambiente favorável para chamar a atenção dos ouvintes.
Todos os detalhes, na hora de narrar um fato, foram apresentados pelo jornalista e professor de teatro Rafael Arruda, a partir de uma série de exercícios práticos que podem ser adaptados à realidade de cada um dos integrantes da Rota do Café.
De acordo com Arruda, o objetivo da oficina – desenvolver habilidades para contar histórias – foi cumprido. ?Os participantes mostraram envolvimento nos exercícios e irão emocionar os visitantes da Rota do Café com o relato de suas histórias ou de casos de ficção?, diz.
O professor comparou a ?contação de história? ao embrulho de um presente, porque o ato é capaz de provocar sensações e surpresas que ficarão armazenadas na memória dos turistas. ?Eles já sabem que vão encontrar no roteiro propriedades históricas de cafés, pousadas, entre outros atrativos. Mas o que irá surpreendê-los, realmente, será a forma como serão recepcionados, as vivências e as histórias que eles conhecerão durante a viagem?, relatou.
Fonte: Assessoria Sebrae