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O futuro do trabalho

O futuro do trabalho

segunda, 22 de março de 2021
Categoria: noticia

Está havendo uma aceleração de tendências no mercado de trabalho que você precisa levar em conta na hora de planejar os rumos da sua carreira

Desde o início da pandemia está havendo uma aceleração de tendências no mercado de trabalho que você precisa levar em conta na hora de planejar os rumos da sua carreira. Eu diria até mais: quem não prestar atenção nelas agora depois vai ter dificuldade de se adaptar ao novo contexto, que já está batendo à porta.

Listei abaixo 7 grandes transformações que realmente vieram para ficar:

1) Trabalho híbrido. A maior parte das pessoas vai distribuir a sua rotina semanal entre alguns dias na empresa e outros em home office. As companhias já sabem que não precisam ter você por perto o tempo todo para entregar resultados e ainda é mais barato mantê-lo em casa. Por isso, aprimore a sua capacidade de autogestão o quanto antes.

2) Qualquer empresa pode te contratar. Até pouco tempo atrás, mais de 80% dos trabalhadores só procurava oportunidades dentro da sua região de moradia. Isso também mudou porque empregadores do mundo todo agora estão dispostos a recrutá-lo sem exigir que você saia da sua cidade, principalmente se for uma “mosca branca”. Isto é, possuir competências raras.

3) Flexibilização da jornada. Como consequência de uma ampla adoção do home office, um outro forte movimento é o de dar a você a chance de escolher o seu horário de trabalho. Esse negócio de todo mundo ficar disponível das 8h00 às 18h00 está com os dias contados.

4) Contratos com diferentes empregadores. Quem for talentoso de verdade dificilmente ficará ligado a uma única empresa. Vai atuar em diferentes projetos ao mesmo tempo e distribuídos ao longo da semana, como já vem acontecendo com alguns trabalhadores. A dica então é: dê um jeito de ser disputado por várias companhias.

5) O exercício de carreiras múltiplas. Com janelas na agenda, muito mais pessoas serão estimuladas a desempenhar diferentes tipos de trabalho, sem a necessidade de terem a sua identidade ligada a uma única profissão. Como, por exemplo, quem já é advogado ao longo do dia e músico à noite. E não pense que uma das ocupações será um simples bico ou hobby. As pessoas levarão a sério as duas ou três profissões.

6) Automação total das funções operacionais. Consequentemente, se você trabalhar em algo que não exigir o uso do seu cérebro será muito mal remunerado e ainda vai ter de disputar vagas com robôs. As melhores oportunidades estarão em ocupações que requerem duas competências que as máquinas ainda não dominam: capacidade de tomar decisões complexas e inteligência emocional.

7) Treinamento. Vai acontecer, principalmente, por meio de plataformas de educação a distância. Os cursos presenciais não deixarão de existir, mas esses encontros serão utilizados muito mais para o desenvolvimento de projetos e a resolução de problemas reais do que para se estudar conteúdo.

O lado perverso de todas essas mudanças é que os direitos trabalhistas praticamente não existirão para a maior parte das pessoas e várias delas terão dificuldade de se adaptar ao novo contexto. Ou seja, a desigualdade social tende a aumentar ainda mais se não houver um amplo programa governamental e grandes esforços da sociedade civil organizada para qualificar os trabalhadores brasileiros no curto prazo.

Palestrante e consultor empresarial especialista em Formação de Lideranças, Desenvolvimento Gerencial e Gestão Estratégica, também é professor universitário em cursos de pós-graduação. Mestre em Administração de Empresas, possui MBA em Gestão Estratégica de Pessoas e é autor dos livros “Como desenvolver líderes de verdade” (Ed. Ideias e Letras), “Líder tático” e “O gerente intermediário” (ambos Ed. Qualitymark).