Oficina de criação de histórias em quadrinhos é atração na Biblioteca Infantil
A ação é indicada para crianças de 8 a 12 anos de idade; participação é...
O livro “Crônica de uma grande farsa”, dos repórteres José Maschio e Luiz Taques, que será lançado nesta sexta-feira, dia 18 de outubro, em Londrina, é uma investigação jornalística sobre políticos e partidos políticos do vizinho estado de Mato Grosso do Sul. Mas pode ser considerada uma síntese do fazer político partidário no Brasil. Está lá, no livro, por exemplo, o uso de partidos de aluguel, no caso os nanicos PRTB e PT do B, para o jogo sujo da compra de votos, da farsa eleitoral contra adversários para proveito de um partido maior, no caso, o PMDB do governador André Puccinelli.
Mas o livro de Maschio e Taques mostra muito mais: mostra o uso de caixa dois em campanha, a internação de dinheiro em época eleitoral, o troca-troca de partidos para fins de arranjo entre correligionários e a incrível ascensão financeira de empresas laranjas, criadas exclusivamente para disputar licitações viciadas, em que o jogo está marcado desde seu início. Se a imprensa for a fundo, irá descobrir que, provavelmente, no Paraná essa prática não é muito diferente. Aliás, esse modus operandi da corrupção em licitações é uma praga nacional. Aqui mesmo na região, no escândalo que ficou conhecido como Ama/Comurb, que resultou na cassação do ex- prefeito de Londrina, Antônio Belinati e em Maringá, no caso Paolichi, são exemplos disso.
E, como todo esquema criminoso, esse tipo de organização para fazer da política um grande comércio tem seus chefes, os despachantes, os operadores e aqueles que fazem o jogo sujo do poder. Esse esquema, que transformou as campanhas eleitorais no país em objeto de noticiário policial e não do caderno de Política, é desnudado pelo trabalho dos dois repórteres. Um trabalho que reafirma a necessidade constante da investigação jornalística na imprensa nacional.
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