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Grupos de Tabagismo ajudam no abandono de vício

Grupos de Tabagismo ajudam no abandono de vício

terça, 09 de agosto de 2011
Categoria: noticia

Parar de fumar é um desafio. Mas, com a ajuda dos grupos de tabagismo oferecidos pela Secretaria Municipal de Saúde, muitas pessoas têm deixado o vício. No ano passado, aproximadamente 600 pessoas procuraram ajuda para parar de fumar por meio do Programa de Controle do Tabagismo.

?Para ingressar no programa e participar dos grupos, o único critério é que a pessoa queira verdadeiramente parar de fumar?, explicou a coordenadora da iniciativa, Adriana Henriques Ribeiro Menezes. Segundo ela, o passo mais importante é se conscientizar dos males que a nicotina pode causar, e então decidir começar o processo de cessar o uso.

Com o Centro de Referência na Policlínica, os grupos de tabagismo são realizados em mais 12 Unidades Básicas de Saúde (UBS). ?Temos grupos nas UBS do Parigot, Cafezal, Vila Nova, Centro, Aquiles Stenghel, Marabá, Eldorado, CSU, Carnascialli, Jardim do Sol e Vila Brasil, e também no HC?, contou.

Adriana explicou que o interessado em deixar o vício pode procurar a UBS mais próxima de sua residência, se houver grupo ali, ela será imediatamente encaminhada para a próxima reunião, caso contrário, ela será encaminhada para a Policlínica. ?O HC também faz este atendimento, mas são disponibilizadas poucas vagas. A Policlínica tem, inclusive, atendimento especial para gestantes e adolescentes que querem parar de fumar?, informou.

Etapas de atendimento

O atendimento é realizado primeiro individualmente, e depois o fumante é encaminhado para quatro sessões fundamentais, que são feitas em grupo. Após essa base, a pessoa pode ainda continuar a frequentar as reuniões de manutenção uma vez por mês, durante cerca de um ano. ?Nestas reuniões, são trabalhados os três campos de dependência do cigarro: química, psicológica e comportamental. Além do corpo depender da nicotina, a pessoa se sente presa psicologicamente ao vício, e também precisa deixar o hábito de fumar?, explicou a coordenadora.

Além das reuniões de aconselhamento, o programa também oferece material educativo, e em casos extremos, medicação de reposição de nicotina e antidepressivos, sob orientação dos profissionais responsáveis. ?A pessoa tem que antes de tudo, querer mudar de vida?, disse.

Terapia Comunitária

Em média, 30 a 40% das pessoas que entram para o programa, acabam parando de fumar. Pode parecer pouco, mas o pouco neste caso é muito. Além dos desafios naturais da dependência química, as pessoas acabam desanimando das reuniões. ?Temos agora, realizado uma experiência importante. Ao juntar a metodologia dos grupos de tabagismo aos métodos utilizados pela Terapia Comunitária, estamos conseguindo níveis de abandono de vício de 50 a 60%?, comemorou Adriana.

?A Terapia Comunitária trabalha os sentimentos das pessoas. E o fumante tem dificuldade em conviver com os sentimentos de culpa por fumar, e o prazer que tem com o vício. O terapeuta comunitário é preparado para identificar isso, e oferecer meios para superar essa dificuldade?, definiu. Segundo a coordenadora do programa, vários facilitadores já ingressaram na capacitação da Terapia Comunitária, para melhor utilizar os métodos nos grupos de tabagismo.

Para Adriana, os cursos dinâmicos despertam novas perspectivas para os facilitadores, que tem um papel importante no abandono do vício. ?É gratificante ver a vitória sobre o vício. Além da melhora na saúde, deixar de fumar melhora a auto estima e o relacionamento com a família. Temos testemunhos de pessoas que realmente mudaram suas vidas ao abandonar o cigarro?, contou.

A coordenadora do Programa de Terapia Comunitária Integrativa (TCI), Maria da Graça Pedrazzi Martini, explicou que o tema tabagismo é discutido dentro dos grupos de terapia comunitária, a partir do momento em que o problema é detectado. ?Trabalhamos abertamente as questões das dependências nos grupos. A Terapia Comunitária veio a acrescentar à metodologia recomendada pelo Ministério da Saúde?, explicou.

As formações também são muito importantes para que o terapeuta possa fazer o melhor acompanhamento do fumante. ?No próximo mês, estaremos trabalhando este tema com os profissionais que estão participando do curso de formação?, informou Maria da Graça.

Fonte: N.com