Combinação perigosa entre álcool e direção é tema de ações do Maio Amarelo nesta semana
Programação conta com abordagens em bares, simulação de acidente e blitze da Lei Seca A...
A fotógrafa londrinense e professora da UEL Fernanda Magalhães integra a programação do Festival Performance Arte Brasil, coordenado pela curadora carioca Daniela Labra, no Museu de Arte Moderna no Rio de Janeiro.
A artista foi convidada para realizar seu trabalho ?Corpo Re-Construção Ação Ritual Performance? no próximo dia 25 de março, sexta-feira, às 14h30, nos Pilotis do prédio do MAM-Rio. As pessoas interessadas poderão se inscrever na hora para participar da performance da artista.
O evento, que acontece de 22 a 27 de março e tem entrada franca, enfatiza o trabalho de artistas que trabalham com o conceito de performance em diversos suportes a partir do ponto de vista das artes visuais. A programação inclui ações ao vivo, palestras, vídeos, filmes de artista e videoinstalações, reunindo cerca de 50 artistas.
?Conceitualmente, pode-se dizer que as atrações se dividem em dois núcleos: o Contemporâneo, que localiza artistas e pesquisadores com carreiras iniciadas há menos de quinze anos; e o Histórico, que discute artistas, obras e acontecimentos de referência cuja revisão crítica integra o projeto de construção de uma historiografia da performance arte nacional, ainda em formação?, explica Daniela Labra, curadora da mostra.
Além de debates e mostras organizadas por curadores brasileiros como o paranaense Paulo Reis que apresenta no evento uma recente mostra que inclui trabalhos de Fernanda Magalhães. Entre os artistas destacam-se ainda Yftah Peled, Margit Leisner, Alex Hamburger, Armando Queiroz, Franklin Cassaro e Marcus Vinícius.
A performance ?Corpo Re- Construção Ação Ritual Performance?, que ganhou destaque no livro homônimo da fotógrafa (http://www.fernandamagalhaes.com.br/) lançado no final do ano passado, consiste na proposta de produzir um trabalho interativo com o público que, através da oferta de partes do corpo de cada participante que são entintadas pela artista, constrói um novo corpo de forma fragmentada.
A proposição é justamente colocar em debate a fragmentação do sujeito contemporâneo, suas identidades múltiplas, as angústias, as aproximações e os desafios de uma sociedade caracterizada essencialmente pela diversidade.
Este trabalho de performance, segundo a artista, nasceu das lembranças de sua infância com o pai, o jornalista Antonio Vilela de Magalhães e também de dois trabalhos desenvolvidos em 2002 – Impressões da Memória e A Expressão Fotográfica e os Cegos. Os desdobramentos desses trabalhos e de sua memória de infância resultaram na proposição, que traz alguns de seus trabalhos performáticos realizados com grupos diversos.
?O projeto surgiu a partir da minha experiência com uma grave doença e da constatação que sempre precisamos do outro para nos reconstruir. E desta relação vital com o outro, os outros/outras surgiu o trabalho que é essencialmente um trabalho coletivo, com muitos coletivos já que a proposta acontece com grupos diversos?, revela Fernanda Magalhães.
Este é o primeiro de uma série de eventos que a artista londrinense irá participar este ano. O cronograma inclui ainda uma exposição em maio dentro da programação do FotoRio e uma mostra individual no evento FOTOGRAMA em Montevidéo, Uruguai, no mês de novembro.
Fonte: Doc Comunicação