Cineclube da Vila Cultural Alma Brasil exibe “Terra em Transe”
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Celebrado escritor brasileiro, o paulista Ale Santos fará a conferência inicial do Festival Literário de Londrina – Londrix, cuja programação começa nesta segunda (8) e prossegue até dia 22 de março. A edição 2021 do Londrix terá como tema “Literatura e Educação”.
Santos vai falar sobre “Páginas brancas, apagamentos negros: vozes e silêncios na literatura brasileira”, em que abordará os processos de invisibilidades literárias da população negra, além de relatar sua trajetória como autor no mercado editorial brasileiro. A partir das 19 horas, via on-line.
“Por conta da Covid-19, tivemos infelizmente que nos distanciar, nos abster do contato presencial com o público. Nesta edição, as palestras e debates serão realizados virtualmente tendo, como sempre, importantes convidados”, afirma Chris Vianna, diretora e idealizadora do Londrix.
Ou seja, em função da pandemia do Coronavírus, a interação entre o público e os convidados do Festival Literário será on-line. Mesas redondas, palestras e debates poderão ser acessados através dos canais oficiais do Festival Literário. Acesso gratuito.
São eles: https://www.youtube.com/channel/UCbLSrPLS2VOpbJERlhTGytQ e https://www.facebook.com/festivalliterario.londrix.
Além da diretora Chris Vianna, abertura oficial do 16º Festival Literário de Londrina, na segunda (8), às 18h30, contará com a participação do secretário municipal de Cultura, Bernardo Pellegrini.
Diz Pellegrini: “Embora não tenhamos ainda o fundamental, a presença do público, a comunidade cultural e os coletivos estão se familiarizando com os eventos on-line, o que permite também um alcance maior. Em breve, retomaremos nosso ofício [com a presença da plateia]”.
A programação do primeiro dia do Londrix 2021, data em que se reverencia o Dia Internacional da Mulher, contempla a exibição do documentário inédito “Como cheguei até aqui”.
Curta-metragem dirigido por Celina Becker. O filme é baseado na peça homônima, escrita por Marina Stuchi, e mostra bastidores, inspirações e depoimentos relacionados ao tema violência contra mulher. As atividades acontecem a partir das 20 horas.
Com realização da Atrito Arte Artistas e Produtores Associados (AARPA), o 16º Londrix tem patrocínio da Prefeitura Municipal de Londrina, via Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic), da Secretaria Municipal de Cultura.
O evento tem parceria com a Universidade Estadual de Londrina, Museu Histórico de Londrina, Atrito Arte Editora e Reverbera: Educação como Caminho para o Desenvolvimento Sustentável. Apoio Cultural: Cultural Londrina – Inglês e Espanhol.
LITERATURA E EDUCAÇÃO
O tema “Literatura e Educação” será o norte das mesas redondas, palestras, conferências e debates, que integram a programação do 16º Festival Literário de Londrina. Veio à tona após a curadoria analisar a enriquecedora participação de educadores e alunos, no Londrix 2019.
O que até então era evidente, embora tratada discretamente, a relação ampla entre Literatura e Educação ganhou evidência no Londrix 2021. Uma das propostas: que o texto literário emancipe o leitor e, com isso, e o prepare para o debate sobre conflitos e situações diversas do cotidiano. Da vida.
Que a relação entre Literatura e Educação, através de pensamento crítico, ultrapasse os muros e portões escolares. “A literatura exerce o poder de revelação e percepção. É nela que se atinge uma liberação do saber da vida. A literatura constrói espaços diversos dos que predominam nos discursos dominantes”, analisa Chris Vianna, diretora do festival.
ALGUNS DESTAQUES
A programação do Londrix 2021 terá a participação de nomes expressivos da literatura local e nacional. E também internacional, no caso a escritora e jornalista espanhola Nuria Barrios. O tema da conferência: “Conexão Madri-Londrina: diálogos entre literatura e filosofia”. No dia 19, às 19 horas.
Outros destaques do festival: o brasileiro Julián Fuks (terça, dia 10, às 19 horas) que irá discorrer “Aprendizados sobre estética e política”; Jussara Salazar (dia 17, às 19 horas) abordando “Feminicídio: a sombra, o canto e a luz”.
Uma das participantes mais aguardadas é a historiadora e antropóloga, Lilia Schwarcz. Reconhecida como expoente no circuito intelectual brasileiro, ela irá expor “Lima Barreto: o reconhecimento póstumo de um autor subjugado”. Dia 22 de março, às 19 horas.
SEGUNDA (08.03)
18h30
Abertura Oficial com Bernardo Pellegrini (músico, compositor, Secretário de Cultura e Chris Vianna (diretora do Londrix, vocalista da Banda Benditos Energúmenos, atriz, professora).
19 Horas
Ale Santos: “Páginas brancas, apagamentos negros: vozes e silêncios na literatura brasileira”.
O premiado escritor e designer de gamificação, Ale Santos, discute processos de invisibilidades literárias da população negra, histórias de resistência praticamente desconhecidas do grande público, afrofuturismo e sua própria trajetória como autor negro no mercado editorial brasileiro.
20 Horas
Exibição do Documentário inédito “Como cheguei até aqui”, direção Celina Becker. Fruto da peça homônima de Marina Stuchi. O filme mostra os bastidores, inspirações e depoimentos relacionados à violência contra mulher.
TERÇA (09.03)
19 Horas
“Um dedo de prosa” com Augusto Silva, Felipe Pauluk e Leandro Benevides.
Os autores falam sobre temas pertinentes à literatura na formação de alunos do Ensino Médio
Mediação: Mário Fragoso
19h45
Herman Schmitz aborda “A ficção científica no ensino de Ciências”.
O escritor Herman Schmitz discorre sobre como utilizar a literatura de ficção científica como ferramenta pedagógica no ensino de Física, Biologia, Cibernética e Ciências Sociais.
QUARTA (10.03) – 19h45
Guilherme Lima: “Experimentação na Literatura: Rupturas de Fronteiras”
O artista plástico Guilherme Lima discorre sobre as confluências da literatura e das artes contemporâneas na obra de Lourenço Mutarelli, Valêncio Xavier e Verônica Stigger.
QUINTA (11.03)
19 Horas
Fal Azevedo: “A criatividade é um talento nato?”
Fal Azevedo tem sete livros publicados, tradução de mais de duzentas obras. Atua como professora há quase três décadas e mantém um blog prestes a completar 20 anos, um feito raro no universo digital. A escritora irá falar da preparação para quem quer ingressar na literatura e os caminhos para o desenvolvimento de um estilo próprio.
19h45
Camila Mossi: “O Ensino da Literatura na BNCC
A pesquisadora Camila Mossi revela as disparidades entre os temas de tecnologia e de literatura no ensino implementado pela Base Nacional Curricular Comum (BNCC) em 2018.
Mediadora: Amanda Damásio
SEXTA (12.03)
19 Horas
“Um dedo de prosa” com Marcia Paganini Cavéquia e Vizette Priscila Seidel. Ambas conversam sobre temas pertinentes à literatura para formação do aluno de Ensino Médio.
19h45
Vozes Literárias de Londrina: Amanda Damásio, Camila Mossi, Eduardo Baccarin, Renato Forin Jr. e Samantha Abreu
Cinco autores londrinenses vencedores do prêmio literário “Outras Palavras”, promovido pela Secretaria de Cultura do Paraná, falam de suas obras e as particularidades da literatura produzida em Londrina.
SÁBADO (13.03)
19 Horas
Anderson França: “O Brasil da intolerância”
Quando foi convidado para participar da Feira Literária Internacional de Paraty para falar de seu primeiro livro, “Rio em Shamas”, indicado para o prêmio Jabuti, Anderson França soube que sua cabeça fora posta a prêmio. Ele teve que deixar o Brasil às pressas, sob a intimidação de milícias. Do seu exílio lusitano, ele fala ao Londrix sobre literatura e violência policial, lixamentos virtuais, patrulhas religiosas e política bolsonarista.
19h45
Jackie Rodrigues: “Os setes os pecados capitais unificados”
A fala da artista Jackie Rodrigues coloca numa única pessoa os sete pecados: uma mulher, negra, pobre, gorda, lésbica e idosa. Todas as minorias unificadas em luta, consciência e superação.
DOMINGO (14.03)
19 Horas
Marina Stuchi, Celina Becker e Camila Taari: “Como cheguei até aqui”
Artistas de diferentes áreas se reuniram para produzir um documentário sobre violência de gênero. E colocam em debate: afinal, o que nos une como mulheres? O projeto nasceu da pesquisa de doutorado de Marina Stuchi.
SEGUNDA (15.03)
19 Horas
Maíra Oliveira Ruggi: “A educação como caminho para o desenvolvimento sustentável”
Sabemos que a educação deve passar por uma transformação profunda nos próximos anos, para se adequar às novas demandas sociais. Para isso, a transformação do modo de aprender passa pela inclusão de conteúdo para abranger situações não só profissionais, mas também de convivência em sociedade. O Reverbera defende que os ODS sejam transversais ao currículo escolar, que sejam somadas discussões sobre ética, cidadania, questões emocionais, de respeito, diversidade e convivência.
Mediadora: Iasmin Mendes
19h45
Juliana Barbosa: “A Literatura Cai no Samba”
A partir de suas experiências, a pesquisadora Juliana Barbosa fala sobre como a literatura brasileira está presente no samba e como o samba também é literatura.
TERÇA (16.03)
19 Horas
Layse Barnabé de Moraes: “Literatura como Travessia: Educar, Humanizar e Curar”
Layse Barnabé de Moraes propõe olhar a literatura como um território de afeto. Converter a escuta de si mesmo em experiência com a palavra. Uma conversa sobre educar o olhar e humanizar vivências.
Mediadora: Marcia Sel
19h45
Valdir Grandini: “Literatura, Ciência e Aprendizado em Brecht”
Valdir Grandini propõe uma conversa sobre várias áreas de criação do poeta e dramaturgo alemão Bertold Brecht. A literatura, a educação e o processo de aprendizado como elemento estético.
QUARTA (17.03)
19 Horas
Jussara Salazar: “Feminicídio: a sombra, o canto e a luz”
A poeta Jussara Salazar tratará de seu livro de poesia “O dia em que fui Santa Joana dos Matadouros”, no qual expõe o ‘modus operandi’ da violência contra a mulher. A obra é baseada em histórias verídicas de feminicídios no Brasil, crimes cometidos contra mulheres comuns como Zia, Maria Bueno e Beatriz.
19h45
Pedro Antonio Caldeira: “João Antonio: Literatura e Urbanidade”
Seguindo a trilha percorrida pelo escritor João Antônio pelas ruas de Londrina na década de 1970, Pedro Antonio Caldeira conversa sobre como espaços urbanos e figuras humanas são transformadas em literatura.
QUINTA (18.03)
19 Horas
Carlos Fortes, Luiz Carlos Simon e Akira Demenech: “Literatura no Vestibular: Leitura e Educação”
Os professores Luiz Carlos Simon, Carlos Fofaun e o estudante Akira Demenech discutem o papel da leitura obrigatória nos vestibulares e sobre o processo de escolhas das obras e o ensino de literatura.
Mediadora: Marina Stuchi
SEXTA (19.03)
19 Horas
Nuria Barrios: “Conexão Madri-Londrina: diálogos entre literatura e filosofia”
Os oito livros publicados da autora madrilena Nuria Barrios deixam claro que literatura e filosofia formam uma dupla difícil de se esquecer. Doutora em Filosofia, Barrios comenta, diretamente do continente europeu, sua trajetória na literatura e discute como a ficção pode encarnar os grandes debates de ideias da atualidade.
Mediador: Alexandre Furtado
19h45
“Formação de Leitores”
Aliny Perrota (Apoio Pedagógico de Língua portuguesa da Secretaria Municipal (SME) de Educação/Prefeitura do Município de Londrina) e Rovilson da Silva (professor do Departamento de Educação da UEL; criador do Projeto Palavras Andantes da SME/Londrina; e vencedor do Prêmio Viva Leitura 2008) conversam sobre a importância das políticas públicas de incentivo à leitura e das experiências na formação de leitores.
SÁBADO (20.03)
19 Horas
Julián Fuks: “Aprendizados sobre estética e política”
De que modo duas áreas aparentemente apartadas – a estética, o estudo do belo; e a política, o gerenciamento do bem comum – encontram-se na literatura? Como perceber esse entrelaçamento no Brasil contemporâneo? É o que busca responder Julián Fuks, um dos autores nacionais mais prestigiados da última década.
Mediação: Claudia Freitas e Frederico Fernandes
DOMINGO (21.03)
19 Horas
Sarau: “Prosa, poesia e outras delícias: Vozes que não calam”
Com Amanda Damásio, Aurea Leminski, Edra Moraes, Chris Vianna, Fernanda D´Umbra, Jussara Salazar, Luana Vignon, Marina Franco, Marina Stuchi, Patrícia Tenório, Samantha Abreu, entre outras.
SEGUNDA (22.03)
19 Horas
Lilia Schwarcz: “Lima Barreto: o reconhecimento póstumo de um autor subjugado”
Sempre que se fala na intelectualidade brasileira atual, o nome dela é presença obrigatória. A historiadora e antropóloga Lilia Schwarcz discorre sobre Lima Barreto, comenta a biografia que escreveu sobre o escritor e analisa como a vida e obra de Barreto refletem um Brasil de devaneios e contrastes.
Mediador: Frederico Fernandes
19h45
Christine Vianna, Edra Moraes, Frederico Fernandes, Rogério Robalinho: “Festivais literários e bienais do Livro: esperanças e perspectivas”
Festivais existem desde a idade Antiga. No mundo contemporâneo, eles desempenham vários papeis socioculturais. O Londrix reúne produtores e um pesquisador da universidade para uma roda de conversa sobre o tema.
16º LONDRIX – De 8 a 22 de março de 2021
Site: www.londrixfestival.com.br
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