Menu LondrinaTur, portal de Londrina e norte do Paraná
Guias
Estudo realizado pela Faculdade Pitágoras mostra que apenas 8,5% dos londrinenses possuem dívidas

Estudo realizado pela Faculdade Pitágoras mostra que apenas 8,5% dos londrinenses possuem dívidas

quinta, 16 de dezembro de 2010
Categoria

Com o objetivo diagnosticar o atual quadro do endividamento e da inadimplência do consumidor londrinense,  a Faculdade Pitágoras realizou estudo para acompanhar o comportamento do consumidor em relação ao comprometimento da renda, contas em atraso e dívidas financeiras, além da sua percepção em relação à capacidade de pagamento e o perfil do consumidor inadimplente. 

A pesquisa, coordenada pelo professor do curso de Administração de Empresas Danilo de Góes Guitti, mostra que, dos entrevistados, 48,32% conseguem pagar as contas em dia e com folga; outros 35,07% disseram que pagam as contas, mas não conseguem poupar; 8,05% assinalaram que sempre recorrem a algum tipo de financiamento; e apenas 8,56% afirmaram não conseguir manter as contas em dia.

Para o Guitti esta é uma porcentagem relativamente baixa. ?Estávamos esperando resultados próximos dos obtidos, o que mostra que Londrina tem poucos consumidores endividados e que mesmo os endividados estão conscientes da sua falta de planejamento?.

A pesquisa aponta que entre os 8,56% dos londrinenses endividados, a maior origem das contas atrasadas vem do cartão de crédito. ?Cerca de 22% deve para o cartão de crédito, 9% para os carnês de lojas, 5,8% para cheque especial, 4% para o aluguel?, conta o coordenador da pesquisa.

O consumidor, porém, é consciente de seus hábitos e das causas do endividamento. Para 61% dos devedores, o principal motivo para o desajuste financeiro é a falta de planejamento e o consumo impulsivo. 

Por isso, 30% afirmam que a primeira medida tomada para retomar o controle é deixar de usar o cartão de crédito. ?Isso não mostra que o vilão é o cartão, mas sim o modo com que as pessoas o utilizam. Como não envolve dinheiro vivo, o consumidor não percebe o quanto está gastando, hábito que deve ser substituído por um planejamento melhor das finanças?, explica Guitti. Para ele, outro grande erro é pagar os juros dos cartões de créditos, que são os mais altos do mercado.

Segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (ANEFAC), em novembro desse ano, os juros anuais dos cartões de credito eram de 238% contra 140% do cheque especial e 73% de empréstimos bancários.

Mas por outro lado, o número de cartões de créditos aumentou de 118 milhões para 612 milhões nos últimos 10 anos. ?O Banco Central criou agora em novembro um novo pacote de regras para esse setor, com medidas que regulamentaram o pagamento mínimo e as taxas cobradas, por exemplo. E isso com certeza ajudarão não só o consumidor como o comércio ao diminuir a inadimplência?, analisa o professor.

A pesquisa ouviu, na última semana do mês de outubro, 981 pessoas nas cinco regiões da cidade, o que resultou em uma planilha completa estratificada por idade, renda, escolaridade e profissão. A pesquisa tem uma margem de erro de 7% e foi desenvolvida com a participação de estudantes de graduação em Administração e de uma equipe técnica formada por professores da instituição.

Resumo da pesquisa:

Quem: 8,56% da população estão endividadas

Como: 21% devem para o cartão de crédito; 8,7% carnê de lojas; 8,3% empréstimos bancários; 8,3% telefone celular; 6,6% financiamento de carro; entre outros.

Por que: 60,92% alegaram ?descontrole/ falta de planejamento?; 21,84% ?ficaram desempregados?; 8,05% ?diminuição da renda familiar? e 9,2% ?outros?

Média do atraso: 45,24% estão com as contas atrasadas entre 30 e 60 dias; 25% em menos de 30 dias; 19,05% acima de 90 dias e 7,14% entre 61 e 90 dias.

Medidas adotadas: 30,28% deixaram de usar o cartão de crédito; 18,35% cortaram gastos na residência; 17,5% deixaram de fazer algo que gostam; 17,5% deixaram de comprar coisas de uso pessoal e 16,5% não tomaram medidas.

Fonte: CRCOM