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Em busca de explicações sobre a quarentena

Em busca de explicações sobre a quarentena

quinta, 09 de julho de 2020

Deputados estaduais e prefeito concordam que ainda não ficaram claros os motivos que levaram ao fechamento do comércio e isolamento mais rígido neste período

Em busca de explicações sobre a quarentena

Foto: Emerson Dias

O prefeito Marcelo Belinati recebeu em seu gabinete, nesta quarta-feira (8), a visita dos deputados estaduais Tercílio Turini, Tiago Amaral e Cobra Repórter, empenhados em ajudar no impasse sobre estar havendo o fechamento do comércio e de outros atividades produtivas em Londrina neste momento, conforme determinou decreto do Governo. Depois de uma conversa de quase uma hora, os deputados telefonaram para o Chefe da Casa Civil do Palácio do Iguaçu, Guto Silva, e pediram que fosse agendada uma reunião, mesmo que virtual, para esta quinta-feira (9), entre o governador Carlos Massa Ratinho Junior e o prefeito.

Foto: Emerson Dias

Cobra Repórter relatou que o governador Ratinho Junior sinalizou aos deputados de Londrina, em reunião por videoconferência na terça-feira (7), que está disposto a revisar a situação da cidade quanto à Covid-19, juntamente com o secretário de Saúde, Beto Preto e equipe técnica. Na ocasião, a Secretaria de Saúde do Estado (SESA) se comprometeu a fazer uma reavaliação a fim de verificar a diferença entre a interpretação dos indicadores apontados pelo próprio Estado, através da SESA.  “É preciso mostrar mais uma vez o quadro da cidade, com respaldo em números e dados, e esperamos que a reunião com o governador ocorra o quanto antes para que uma resposta mais concreta seja dada. Se houve algum tipo de equívoco, isso deve ser reparado para que Londrina possa retomar suas atividades econômicas. Com o diálogo e, se confirmado que Londrina esteja condições, conforme bases técnicas, é possível resolver essa questão”, comentou.

Para o deputado Thiago Amaral, não existe divergência em números, já que as contra-argumentações da prefeitura se baseiam em dados oficiais apontados pela própria SESA. “Acredito que se trata de uma questão de interpretação de dados e estatísticas. E me parece que estamos de acordo que não houve má vontade política, portanto a lógica nos leva a acreditar que podemos chegar em uma solução pelo diálogo”, afirmou Thiago. O deputado e médico Tercílio Turini, que por anos trabalhou no Hospital Universitário, lembrou que não há como colocar em dúvida números que são repassados pelo próprio hospital, já que este se tornou a principal referência no combate à Covid-19 no Paraná.

Foto: Emerson Dias

De acordo com o prefeito Marcelo Belinati, um debate que esclareça as bases técnicas para a escolha da regional de Londrina para compor a quarentena é bem-vindo e esperado desde a semana passada, quando o Município cobrou da Secretaria Estadual os dados e números que teriam sido usados como base para a decisão. “Estamos realizando o combate ao coronavírus de forma adequada. Temos segurança de que o cenário epidemiológico em Londrina não aponta necessidade de quarentena tão rígida. A taxa de ocupação de leitos no município hoje é baixa, em torno de 40%, e temos outros índices melhores do que várias outras cidades do estado não atingidas pelas determinações. Não há critérios técnicos sólidos que justifiquem esta paralisação e os prejuízos para a cidade são incalculáveis, disse.

Foto: Emerson Dias

O secretário Felippe Machado salientou que Londrina tem bons indicadores técnicos relativos à ocupação de leitos, ao índice de transmissibilidade por paciente, à taxa de positividade de exames por incidência por 100 mil habitantes, ao estoque de medicamentos, a equipamentos de proteção individual e à contratação de servidores e de leitos junto à iniciativa privada. “O hospital de retaguarda do Hospital Universitário (HU) deve abrir, até 20 de julho, mais 80 leitos de UTI e enfermaria para atendimento exclusivo ao coronavírus, fazendo com que Londrina passe dos 140 leitos criados para essa finalidade no SUS. Não se pode comparar com a mesma base de critérios municípios de porte diferentes, e acreditamos que os indicadores utilizados no decreto precisam ficar mais claros”, ressaltou.

Também estiveram presentes na reunião o presidente da ACIL, Fernando Moraes, o chefe de gabinete da Prefeitura de Londrina, Tadeu Felismino, o secretário municipal de Planejamento, Marcelo Canhada, além de assessores dos deputados. .

Fonte: N.Com