Dicas de como se prevenir contra alergias e doenças típicas do inverno
Conselhos podem fazer toda a diferença para essa estação do ano Durante o outono e...
De acordo com o professor Weslem Suhett, do curso de Medicina Veterinária da Unopar, no inverno os índices de cinomose aumentam porque a circulação viral é maior. Outras doenças comuns nesta época do ano é a tosse dos canis, as coronavisores e o complexo respiratório felino. A tosse dos canis é uma inflamação da traqueia e dos brônquios provocada pela associação de vírus e bactéria que podem ocorrer isolados ou associados; alguns cães contraem apenas o vírus, outros a bactéria e outros os dois agentes infecciosos. Assim, se o animal apresentar uma tosse seca, que é o sintoma mais comum desta doença, é melhor levá-lo ao veterinário. O complexo respiratório felino é uma doença infecciosa que parece muito com a gripe humana. O animal fica com as vias aéreas muito congestionadas, não consegue engolir a própria saliva, desidrata facilmente e fica muito debilitado. “Todas essas doenças têm vacina e indicamos reforços anuais, a serem feitos sempre antes da chegada do frio”, aconselha o professor.
Os cuidados com a alimentação não mudam muito no inverno, mas a dieta pode ser mais rica em lipídios. Uma boa fonte de lipídios são as castanhas e amêndoas, que podem ser trituradas e misturadas com a refeição.
Cães e gatos têm temperaturas corporais mais altas do que os humanos, mas os gatos são mais sensíveis ao frio do que os cães. A pelagem e a capa de gordura que eles têm sob a pele também funcionam como isolantes térmicos. Por isso as raças de pelo longo se adaptam melhor em lugares de clima frio. No entanto, existem algumas doenças que predispõem os animais a sentir mais frio, como o hipotireoidismo. Com a chegada do inverno as tosas devem ser suspensas ou alteradas. “Cães e gatos não precisam tomar banho, isso não faz parte da higiene natural dos animais. No entanto, se não forem exagerados, os banhos não causam problemas”, indica o professor Weslem. Ele alerta para alguns cuidados: “No frio os animais desenvolvem mais otites e por isso não se deve deixar entrar água no ouvido. Além disso, não se deve usar água muito quente nem gelada e sempre procurar deixar o animal o mais seco possível e num local aquecido até que ele termine de secar”. Para aqueles que dormem fora de casa é preciso providenciar um abrigo que proteja do frio e da chuva. Outra dica do veterinário é a escovação: “Escovar é bom para cães e gatos, mesmo os de pelo curto; é uma maneira de estimular a circulação e o crescimento de novos pelos”, ensina. “Além disso, a escovação é um ato de carinho. As mães lambem os filhotes e essa sensação fica na memória deles; ao serem escovados, eles associam essa sensação ao mesmo prazer de serem lambidos pelas mães, na infância”, ensina.
Cães acostumados a passear precisam manter essa atividade física no inverno. O principal cuidado ao sair com eles é evitar contato direto com outros animais, principalmente de rua. “A maioria das doenças infecciosas que citamos é transmitida por contato direto, por isso, mesmo se o animal for vacinado é melhor mantê-lo longe de cães e gatos desconhecidos”, diz Weslem.
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