Atleta de Londrina participa de Copa do Mundo da Ginástica Rítmica
De 1 a 5 de junho, a atleta Heloísa Bornal, reconhecida atualmente como um grande...
O Brasil tem grandes chances de conquistar medalhas de ouro do Pan-Americano de Guadalajara, no México, em várias modalidades esportivas. Uma delas, certamente, é a ginástica rítmica (GR) de conjunto.
A tradição, o retrospecto ? fomos campeões nas últimas três edições do Pan ? e o momento de evolução pelo qual passa a equipe brasileira garantem essa boa expectativa para a competição continental, que será realizada de 14 a 28 deste mês.
?Se nossa equipe não errar, se cravar a série, fica com a medalha de ouro porque tem o melhor conjunto no momento?, garante a coordenadora de GR da Unopar, Márcia Aversani. ?Mas é bom lembrar que uma competição de GR sempre é definida na hora da apresentação. São dois minutos e meio que definem o resultado de anos de trabalho?, ressalva.
Márcia será uma das três londrinenses a integrar a delegação brasileira na competição. Ela vai ao Pan como árbitra das competições de ginástica rítmica, ao lado da técnica da Seleção de Conjunto, Camila Ferezin, e da ginasta Débora Falda, ambas da Unopar.
As outras cinco ginastas que completam o grupo são Luísa Matsuo (Adiee/Udesc), Dayane Amaral (Agir), Eliane Sampaio (Grêmio Náutico União), Drielly Daltoé (Clube dos Oficiais) e Bianca Mendonça (Adiee/Udesc).
As competições de GR serão realizadas entre os dias 15 a 18, e os dias 13 e 14 estão reservados para os treinamentos de pódio.
Tradição
?A nossa presença no Pan é resultado de um trabalho forte que vem sendo feito na Unopar há quase 40 anos?, diz Márcia, referindo-se à tradição da Universidade nessa modalidade, a partir de um trabalho iniciado em 1972, pela professora Elisabeth Bueno Laffranchi, hoje chanceler da Unopar.
Entre os anos de 1994 e 2005, a Universidade sediou a Seleção Brasileira de GR de Conjunto, com a treinadora Bárbara Laffranchi.
Londrina tornou-se referencial nacional e internacional na GR, com vários títulos conquistados. Em 2004, último ano em que a Unopar foi sede da Seleção Brasileira, a equipe nacional de conjunto ficou entre as oito melhores do mundo, quando participou das Olimpíadas de Atenas, na Grécia, repetindo a colocação de quatro anos antes nas Olimpíadas de Sidney, na Austrália.
Com a decisão da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) de dissolver a Seleção Brasileira de Conjunto, a partir de 2005 a GR brasileira passou a perder força. Em 2009, o Brasil estava na 22ª colocação entre as equipes de conjunto no mundo. Caiu para 26º lugar em 2010
Evolução
Este ano, sob a coordenação da técnica Camila Ferezin, o Brasil mostrou evolução, conquistando o 9º lugar na Copa do Mundo em Portimão no mês de maio e, em setembro, o 22º lugar no Mundial da França.
Marcia Aversani ressalta que a equipe brasileira poderia ter ficado em uma colocação melhor e até com a vaga para as Olimpíadas de Londres. Mas um ?acidente de trabalho? com um aparelho na competição fez com que a equipe brasileira perdesse pontos: a fita soltou-se do estilete (haste) durante a apresentação do conjunto de arco e fita.
?Com essa quebra não houve possibilidade do Brasil se classificar como o melhor do continente americano. Com o 17º lugar, o Canadá ficou com a vaga. Do 22º lugar para o 17º é uma diferença pequena que o Brasil poderia ter tirado, não fosse a quebra do aparelho?, lamenta Márcia.
Para o Pan, o principal adversário será o Canadá, justamente pelo equilíbrio que este país vem apresentando nos últimos três anos (o chamado ciclo olímpico). Além de ficarem com a vaga das Américas na GR para as Olimpíadas, as canadenses foram campeãs do Pré-Pan, no ano passado. A equipe dos Estados Unidos também deve disputar as primeiras colocações.
Fonte: Assessoria Unopar