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O Conselho Federal de Medicina, ampliou de seis para 21 o número de doenças associadas à obesidade e que podem levar a indicação da cirurgia bariátrica (veja lista completa abaixo). Outra mudança está relacionada a realização de cirurgia bariátrica em jovens entre 16 e 18. Antes, eles poderiam fazer a cirurgia, desde que fosse analisada a relação custo/benefício. Agora, além das regras anteriores, é obrigatória a presença de um pediatra na equipe multidisciplinar e a consolidação das cartilagens das epífises de crescimento dos punhos.
Pacientes com índice de Massa Corporal (IMC) maior que 35 kg/m² e afetados por doenças como diabetes, apneia do sono, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, doenças osteoarticulares e doenças como hérnias de disco, artroses, osteoartrites e inúmeras outras doenças mencionadas com a nova medida agora poderão fazer a cirurgia para redução de estômago.
O cirurgião bariátrico e especialista em obesidade, Caetano Marchesini, elogiou as alterações propostas pelo Conselho. “Esta nova lista confirma o que já vínhamos acompanhando diariamente em nossos pacientes. é comprovado que a cirurgia bariátrica contribui efetivamente para a cura de muitas doenças associadas à obesidade e que não eram mencionadas na resolução anterior. Então, esta nova proposta supre uma importante lacuna”, afirmou Marchesini.
Marchesini explica que, antes de operar, o paciente com IMC entre 35 kg/m² e 40 kg/m²- que comprove qualquer doença mencionada na lista do Conselho Federal de Medicina – precisa ter passado por tratamento clínico com equipe multidisciplinar. “Não obtendo sucesso em outras formas de tratamento, o paciente pode se tornar um candidato à bariátrica”, enfatiza Marchesini que é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM).
Ele conta que a cirurgia bariátrica apresenta índices superiores a 90% de melhora em quadros de diabetes, asma e incontinência urinária, hipertensão, doenças do refluxo gástrico e a apneia do sono.
O que mudou
A Resolução 2.131/15 também aperfeiçoou as descrições das vantagens e desvantagens de cada procedimento, o que pode servir de guia para que não-especialistas possam entender cada procedimento.
O anexo anterior trazia ainda como indicações para a cirurgia, um IMC acima de 40 kg/m² ou um IMC acima de 35 kg/m², desde que portadores de comorbidades como diabetes tipo 2, apneia do sono, hipertensão arterial, dislipidemia, doença coronariana, osteo-artrites e outras, sem especificações. Já a nova resolução aponta 21 doenças associadas à obesidade que podem levar a uma indicação da cirurgia.
O texto também esclarece que entre as precauções para a indicação da cirurgia estão a ausência de transtorno de humor grave, de quadros psicóticos em atividade ou de quadros demenciais. A versão anterior elencava a ausência de quadros psicóticos ou demenciais graves ou moderados.
Confira a lista de doenças que justificam a indicação da cirurgia bariátrica:
Diabetes tipo 2, apneia do sono, hipertensão arterial, dislipidemia, doença coronária, osteo-artrites, doenças cardiovasculares (infarto do miocárdio, angina, insuficiência cardíaca congestiva, acidente vascular cerebral, hipertensão e fibrilação atrial, cardiomiopatia dilatada, cor pulmonale e síndrome de hipoventilação), asma grave não controlada, osteoartroses, hérnias discais, refluxo gastroesofageano com indicação cirúrgica, colecistopatia calculosa, pancreatites agudas de repetição, esteatose hepática, incontinência urinária de esforço na mulher, infertilidade masculina e feminina, disfunção erétil, síndrome dos ovários policísticos, veias varicosas e doença hemorroidária, hipertensão intracraniana idiopática, estigmatização social e depressão.
Fonte: Divulgação