Olimpíadas do Colégio Londrinense incentivam a prática esportiva
Os estudantes do Colégio Londrinense terão nos próximos dias um novo desafio, cercado de muita...
Sophia de Aquino Ilário, aluna do Colégio Londrinense: pesquisa premiada. Foto: Edsley Saito
A utilização da planta alface d´água pode contribuir na redução de resíduos e melhorar as condições da água do Lago Igapó 3. É o que constatou a pesquisa da jovem Sophia de Aquino Ilário, 14 anos, aluna do 9º ano do Colégio Londrinense. O projeto de iniciação científica já rendeu duas conquistas: a medalha de ouro na categoria Natureza na V Feira de Inovação das Ciências e Engenharia (Ficiências), em novembro, e a seleção para participar da MILSET Expo-Sciences Internacional 2017, evento que vai reunir trabalhos de estudantes de mais de 60 países.
Pela primeira vez um projeto do Colégio Londrinense é selecionado para ser apresentado na MILSET ESI, movimento internacional que tem parceria da Unesco e incentiva jovens na produção de atividades de ciência, tecnologia, cultura e lazer. Com sede nos cinco continentes, realiza a feira de caráter mundial a cada dois anos e na edição de 2017 o Brasil será o país anfitrião, recebendo milhares de estudantes, professores e pesquisadores em Fortaleza (CE), de 6 a 12 de agosto.
O projeto “Biomonitoramento de ambientes aquáticos a partir de diferentes macrófitas”, orientado pelos professores Alana Séleri Rodrigues e Murillo Bernardi Rodrigues, foi desenvolvido a partir do interesse de Sophia com a questão ambiental. “É um tema que envolve todo mundo, com reflexo na vida de cada um”, comenta. Depois de pesquisar e ler sobre o assunto, o passo seguinte foi identificar no Lago Igapó espécies de macrófitas – que são plantas fundamentais para o bom funcionamento dos ecossistemas aquáticos.
“A literatura já mostra que as macrófitas têm capacidade de absorção de materiais pesados. Isso despertou a curiosidade da Sophia em saber qual a ação da planta na água do Igapó”, explicam os professores. Foi escolhido para monitoramento o alface d´água, espécie flutuante presente às margens do Igapó. As amostras coletadas passaram por análise microbiológica em laboratório e depois foram colocadas em baldes com água do lago, para acompanhamento dos testes de aquário.
Sophia e os professores Alana Séleri Rodrigues e Murillo Bernardi Rodrigues. Foto: Edsley Saito.
Ao comparar a qualidade da água do lago, em baldes com e sem a planta, verificou-se que a macrófita faz a filtragem e age na redução de resíduos, melhorando o ambiente aquático. “Fizemos vários testes no período de 30 a 40 dias, que corresponde ao ciclo de vida da planta. Verificamos que da segunda para terceira semana, por exemplo, o alface d´água tem ação mais efetiva na melhoria das condições da água”, relata a estudante.
Com o resultado do experimento, ela e os professores avaliam que a planta poderia ser mais utilizada no Igapó. “A intenção agora é ampliar os estudos e a pesquisa para verificar a quantidade de alface d´água necessária num ambiente aquático de grande escala, como o lago 3”, informam.
Colégio Londrinense incentiva iniciação científica no currículo
Aluna do Colégio Londrinense desde a pré-escola, Sophia de Aquino Ilário começou a gostar de ciência com as aulas de Iniciação Científica, disciplina que integra a grade curricular do 6º ao 9º ano. Em 2016, estudantes deste ciclo, o Fundamental II, desenvolveram mais de 80 projetos e 12 deles foram finalistas na V Ficiências, que teve a participação de 140 trabalhos de escolas do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.
Sophia já havia conquistado a medalha de prata em 2015, na categoria ciências biológicas, e neste ano ganhou ouro. “É muito legal a prática científica porque temos a oportunidade de pesquisar e ver o resultado daquilo que levantamos como possibilidade”, diz a aluna. “A expectativa é grande em participar da feira internacional no ano que vem, com estudantes de diversos países. Vou trabalhar ainda mais no meu projeto”, afirma.
Fonte: Divulgação