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Açúcar ou adoçante?

Açúcar ou adoçante?

terça, 21 de maio de 2013
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Você sabe como utilizar corretamente esses produtos?

Em uma sociedade cada vez mais preocupada com o excesso de peso, os adoçantes estão se tornando um dos produtos mais consumidos pela população. Eles aparecem em uma grande variedade de marcas e ganham espaço cada vez maior na alimentação: desde sucos, chás e cafés, até doces e massas. Nas últimas duas décadas os adoçantes ultrapassaram a barreira de produtos destinados a um público específico para se tornarem populares entre pessoas de todas as classes sociais e idades, inclusive crianças.

Um estudo divulgado recentemente pelo Ministério da Saúde mostra que quase a metade da população brasileira está acima do peso e a maioria dos brasileiros já fez pelo menos uma dieta para emagrecer. E uma das primeiras atitudes de quem inicia uma dieta como essa é substituir o açúcar pelo adoçante. Segundo a professora Beatriz Ulate, do curso de Nutrição da Unopar, isso é um equívoco: ?O adoçante é um produto artificial desenvolvido para pessoas com necessidades especiais, como os diabéticos, que não podem consumir açúcar?. Preocupada com o consumo exagerado dos adoçantes, a professora alerta: ?Hoje em dia as pessoas colocam adoçante em tudo e ninguém se preocupa com a dosagem correta. Existe uma quantidade segura de consumo, que é a recomendada pela Anvisa. Adoçante não foi feito para quem precisa perder peso. Quem quer emagrecer deve diminuir a quantidade de açúcar?, ensina.

Para quem come muito doce, a professora Beatriz tem uma dica: ?O açúcar é uma substância que tem muita afinidade com as nossas papilas gustativas; comer açúcar dá uma sensação imediata de saciedade. É por isso que se ensina a não comer doce antes das refeições. Então, em vez de cortar de vez o consumo de açúcar, o que pode causar uma crise de abstinência, a dica é ir diminuindo esse consumo aos poucos, o que é muito mais eficiente?, garante.

A maioria dos adoçantes produzidos atualmente é uma combinação de duas ou mais substâncias edulcorantes (que têm a capacidade de adoçar os alimentos). As mais comuns são a sacarina, o ciclamato, o aspartame, a stévia e a sucralose. A diferença entre eles é o sabor residual  –  alguns deixam um gosto amargo, principalmente quando aquecidos. O único adoçante natural é a stévia, feito a partir de uma planta. ?Mesmo sendo considerado um adoçante natural, ele também é recomendado para casos específicos como crianças diabéticas, por exemplo?, segundo Beatriz.

Novidade

Uma das novidades no mercado de adoçantes, a sucralose é produzida a partir do açúcar normal. A técnica mantém as propriedades adoçantes mas não permite que ele seja processado pelo organismo humano, portanto, ele deixa de ser calórico. ?Ele também é um produto artificial e não deve substituir o açúcar comum?, adverte a professora.

Efeitos colaterais

Outro alerta para os adoçantes são seus possíveis efeitos colaterais em gestantes e nutrizes. O aspartame, por exemplo, tem fenilalanina, uma substância que pode prejudicar o desenvolvimento do feto. A mesma coisa vale para a sacarina. Apesar de não existirem estudos comprovando esse risco, os profissionais da área de saúde orientam que as grávidas e mães que estão amamentando evitem esses produtos.

O açúcar mascavo é uma boa alternativa para quem quer investir em uma alimentação mais natural. No entanto, vale lembrar que ele é tão calórico quanto o açúcar branco, com um agravante: ele adoça menos e geralmente acaba sendo usado numa quantidade maior do que o açúcar comum. Dessa forma, simplesmente trocar o açúcar branco pelo mascavo pode acarretar um aumento de peso. Beatriz ensina que quem não está acostumado com esse produto deve começar a utilizá-lo em alimentos aquecidos: ?Pode ser leite quente, chá, bolos. O calor ajuda a dissolver o açúcar e a pessoa vai perceber melhor o sabor doce?.

Contrária às dietas radicais e restritivas, a nutricionista garante que usado corretamente o açúcar não traz prejuízos à saúde. ?O componente importante do açúcar é a glicose, principal fonte de energia que o nosso cérebro precisa para funcionar bem?, ensina. No entanto, açúcar em excesso é transformado em gordura. ?A melhor solução para evitar o excesso de peso é ficar de olho no consumo de açúcar e carboidratos, que também fornecem glicose ao organismo. Isso não significa que eles devem ser eliminados da nossa alimentação e sim que devem ser consumidos na quantidade certa?, conclui.

Fonte: Unopar