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Histórias de extrema crueldade podem ser contadas sem que se tinja a cena com holofotes vermelhos. O signo da brutalidade é da cor dos homens e da natureza no interminável ciclo que consome tudo o que é frágil, individual e delicado em prol da força coletiva. O Ballet de Londrina apropria-se destes temas para reler, cem anos depois, ?A Sagração da Primavera? – obra de Stravinsky e Nijinsky que escancarou as portas do século XX para a modernidade. O espetáculo, um dos mais agressivos e pungentes da companhia londrinense, encerra o 9º Festival de Dança nesta quinta (06/10), às 20 horas, no Teatro Ouro Verde.
?A Sagração da Primavera? dá continuidade à pesquisa do coreógrafo Leonardo Ramos sobre a exploração da horizontalidade e de novos eixos de apoio na locomoção dos bailarinos ? característica que já ganhou status de ?linguagem? dentro de sua obra e da companhia. ?Eu descobri há alguns anos que quando coloco o elenco em pé eu sou convencional. No solo eu consegui expor algo que é novidade até para mim?, afirma Ramos.
Turnê internacional
?A Sagração da Primavera? estreou na abertura do Festival Internacional de Londrina (FILO) deste ano. O espetáculo já percorreu cidades do Paraná e de Minas Gerais e, ainda no mês de outubro, integra a programação do aclamado Teatro Dulcina, no Rio de Janeiro, reaberto recentemente após restauração.
Após 18 anos de trajetória, o Ballet de Londrina dá um passo importante no reconhecimento do seu trabalho: realiza a primeira turnê europeia, em março de 2012, com o espetáculo ?Para acordar os homens e adormecer as crianças? (2009). A companhia já tem apresentações agendadas em cidades da França.
Fonte: Assessoria do Festival de Dança de Londrina