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Inglês: 95% dos brasileiros não falam a língua, diz pesquisa

Inglês: 95% dos brasileiros não falam a língua, diz pesquisa

segunda, 16 de julho de 2018
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Somente 10,3% dos jovens entre 18 e 24 anos afirmam possuir algum conhecimento no idioma

Os números relacionados ao aprendizado de inglês no Brasil não são muito animadores. De acordo com pesquisa feita pelo Instituto Data Popular, 95% dos brasileiros não falam inglês. O relatório ainda mostra que, entre os jovens de 18 a 24 anos, somente 10,3% afirmam possuir algum conhecimento de inglês;.Entre a faixa etária dos 25 aos 34 anos, esse número cai para 5,2%, e entre a faixa etária de 35 a 50 anos, o índice despenca para 3,5%.

De acordo com o professor de proficiência em língua inglesa, Amauri Menezes Filho, um dos fatores que contribuem com esses dados é que o idioma foi difundido no Brasil nos anos 1960 com uma linguagem técnica de manuais de maquinário. “As pessoas precisavam ler e escrever em inglês, não era tão necessário falar em inglês. Portanto, o domínio não era pleno”, diz.

Em consequência disso, o ensino de inglês no Brasil também passou a ser muito técnico, direcionado apenas ao mercado de trabalho. Outro fator apontado pelo especialista é o fato das faculdades de humanas serem pouco valorizadas no país.

95% dos brasileiros não falam inglês

Foto ilustrativa

Outro estudo, elaborado pela global Education First (EF), também demonstrou que o país está muito aquém do necessário quando o assunto é falar inglês. Em 2017, o Brasil obteve a nota de 51,92 de um total de 80. Tal pontuação classifica o país com um nível baixo de proficiência no idioma. O resultado fez com que os brasileiros ficassem na 41ª posição.

O levantamento é feito por meio de exame gratuito feito online com 80 países. As faixas de classificação determinadas pelo instituto são “muito alta”, “alta”, “moderada”, “baixa” e “muito baixa”. O Brasil está na mesma classificação que muitos países na América Latina. A Argentina foi a melhor da região, com um índice de proficiência moderado. Quando a análise é regionalizada, percebe-se que a classificação máxima atingida pelos estados é de índice moderado.

O país fica atrás de países como Grécia, Angola, Bangladesh, Camarões e Cuba, além de Filipinas, República Dominicana e Vietnã, países com IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) mais baixo do que o Brasil. No ano passado, o Brasil teve uma melhora estatística de 1,26 ponto em relação a 2016, considerada insignificante por David Bish, diretor de gerência acadêmica da EF.

Segundo Amauri, não são tantas pessoas que procuram proficiência em língua inglesa. As que procuram são motivadas pelo mercado de trabalho e por uma questão, novamente, extremamente técnica e específica. Para melhorar esse cenário do aprendizado de idiomas,  ele acredita que deveria haver uma transformação na ideia de que o inglês é um diferencial no currículo para uma ideia de que o idioma é importante independentemente desse fato. “Se a procura acontece por uma questão acadêmica, como, por exemplo, obter uma nota para entrar em uma universidade estrangeira, ela realmente precisa saber o idioma”, afirma. “Essa visão do inglês apenas como uma ponte para um emprego melhor é nociva”, argumenta o professor.

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Fonte: Divulgação