Menu LondrinaTur, portal de Londrina e norte do Paraná
Guias

Histórico do Município

quinta, 03 de julho de 2008
Categoria: anunciante

Entre os anos de 1918 e 1920, as terras férteis do Norte do Paraná começaram atrair inúmeros desbravadores e posseiros, porém foi nos idos de 1923 que o município de Sertanópolis começa a ser povoado.

Algumas famílias vindas do estado de São Paulo tornaram-se concessionárias de terras. Utilizando-se do regime oficial de colonização que em face à crescente expansão econômica e social de São Paulo, viram nas terras de Sertanópolis excelente qualidade para a cultura do café.

Dessas famílias,  o primeiro pioneiro que se tem notícia foi o senhor FRANCISCO GREGÓRIO DA SILVA, construindo o primeiro rancho de palmito nas imediações do atual campo de aviação. Também se destacam algumas pessoas que vieram em busca do paraíso do “ciclo verde”, figuram-se entre eles: Luiz Deliberador, Saturnino Borges Teixeira, Lourenço Antônio da Veiga, João Reichert entre outras.

Em 1923, vinda do Estado de São Paulo, chega uma comitiva de engenheiros, chefiada pelo senhor CORAIM MACHADO, concessionário das terras, para iniciar a demarcação dos lotes de Sertanópolis. Dentre essas pessoas, destaca-se o trabalho dos agrimensores, MANOEL RABELLO LOUREIRO DOS SANTOS e LUDOVICO GINER SURJUS e LUIZ DELIBERADOR, que um ano após, atearam fogo no mato derrubado e fizeram o alinhamento  da primeira praça da cidade,  que atualmente chama-se Praça João XXIII. 

Foi essa população pioneira que deu início a constituição da “Cidade Sertão”, isto é, Sertanópolis, denominação pela qual, passou a ser conhecida em toda a região por onde passaram os primeiros colonizadores.

Seis anos após a chegada dos pioneiros, a Colônia de Sertanópolis, possuía cerca de  50 moradias, 5 casas comerciais, uma pensão, uma farmácia e uma máquina de beneficiar arroz.  A primeira construção  foi um rancho de palmito. Logo após, o Sr. José Fagundes construiu um rancho de maiores proporções, que passou a ser a primeira hospedaria.

O virtuoso desenvolvimento da Colônia, propiciado pela fertilidade do solo, atraiu muitas famílias o que obrigou em 1926, ser criado um distrito policial e um ano  após, o distrito judicial. Em 1929, a Colônia já possuía uma população de 500 pessoas e a 10 de abril, criava-se o município de Sertanópolis através de um decreto estadual. Gurgêncio Celso de Mattos foi o primeiro funcionário público a ser contratado em 04 de abril de 31  por  90 mil reais mensais para “carpa nas ruas desta villa”    

Entretanto, as revoluções de 1930 e 1932, geadas, chuvas fortes e prolongadas, estradas intransitáveis resultaram  em um êxodo de grandes proporções. Em 1930, por exemplo, o prefeito teve que devolver seu salário de 650 mil réis ao  cofre da prefeitura em decorrência da grande crise financeira. Assim, a estagnação na vida do município, fez com que retornasse à categoria de distrito, voltando a pertencer à Comarca de Jataí, hoje Jataizinho, em maio de 1932.

Dois anos depois, com as primeiras cargas dos cafezais, melhorando a situação financeira de todos, junto à união e trabalho dos moradores que permaneceram, propiciou-se, uma atividade dinâmica e empreendedora: Foram criados 138 pequenos engenhos,  desenvolveu-se a cultura de suínos e a produção agrícola  encontrou mercado acessível para a venda da produção.

Tudo isso, aliado a um comércio atuante, fez com que em 6 de junho de 1934, Sertanópolis recuperasse em definitivo, sua autonomia municipal. Entretanto, a Comarca da cidade somente foi criada em março de 1944 e instalada solenemente no dia 19 de abril do mesmo ano.

Já em 1947, Sertanópolis sofreu seu primeiro grande desmembramento com a criação dos municípios de Bela Vista do Paraíso, Ibiporã, Jaguapitã, Jataizinho e Porecatu. Em 1951, uma nova ruptura criava o município de Primeiro de Maio.