Brasiliano: Boa Mesa e a Boa Música!
A Boa Mesa e a Boa Música te esperam em mais um grande encontro neste...
Em Lacan, encontramos a
afirmação de que A mulher não existe, pois não existe um traço especificamente
feminino, que define todas as mulheres. Porém, existem As mulheres, contadas
sempre uma a uma, passíveis de serem interrogadas e, principalmente, de interrogarem-se
em seu desejo inconsciente, em sua feminilidade. Feminilidade esta, que precisa
ser construída, pois não nasce pronta. A anatomia não é o destino, a realidade
do sexo, não é o real do órgão anatômico.
E é justamente o percurso
que uma mulher traça, desde menina, na construção de sua feminilidade que
possibilita interrogar e gerar, senão respostas acabadas, reflexões sobre esse
terreno que se nos mostra tão intrigante; a mulher, o feminino. A ética da
Psicanálise convoca o sujeito a falar, implicar-se com sua fala e, a partir
daí, poder produzir um saber sobre si. Saber este que se constrói, também, a
partir de enigmas. O tema deste trabalho convoca à possibilidade de falar e
produzir acerca dessa questão tão conhecida, desde Freud, elaborada por ele
próprio; O que quer uma mulher?
Retomada, inúmeras vezes
por Lacan, essa questão encontra, nesta proposta de trabalho, desdobramentos
ao abordarmos “A mulher e o enigma da feminilidade”.