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Criatividade e ousadia: nas rampas do BMX

Criatividade e ousadia: nas rampas do BMX

quarta, 22 de fevereiro de 2017

Esporte ganhou espaço no Brasil nos anos 80 e tem se tornado cada vez mais popular

Criatividade e ousadia: nas rampas do BMX - LondrinaTur

Foto: Arquivo Pessoal

O BMX (Bicycle Moto Cross) é um esporte que se inspirou no motocross e ganhou espaço no Brasil nos anos 80. Desses tempos para cá, tem se tornado cada vez mais popular nos seus mais diversos estilos. Em 2008, uma de suas modalidades, o BMX Race (corrida) se tornou olímpica, o que levou muitos jovens à prática.

O estilo consiste em uma corrida em uma pista com obstáculos. São baterias de 8 competidores de uma mesma categoria. Alinhados, os atletas partem quando cai um portão de largada. A partir de então, eles dão voltas na pista e o objetivo é ser o mais rápido.

Por ser a sede da Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC), Londrina recebeu em novembro o Campeonato Brasileiro de BMX. A prova reuniu grandes nomes do BMX Race e foi realizada em uma nova pista localizada no Complexo Esportivo Ayrton Senna. A pista contempla os mesmos padrões das pistas de grandes torneios mundiais, como os Jogos Olímpicos. “Será utilizada desde o treinamento da seleção brasileira até para a realização de projetos sociais”, conta Paulo Cotrim, diretor técnico do BMX.

Nova pista de BMX no Complexo Esportivo Ayrton Senna

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Nova pista de BMX no Complexo Esportivo Ayrton Senna. Foto: Caroline Souza

Outras modalidades

Além do BMX Race, outras modalidades também têm os seus adeptos na região. O dirty jump é praticado em rampas de terra de alturas e distâncias variadas. É um dos estilos mais perigosos e põe a criatividade (e também a coragem) dos atletas à prova. Já a modalidade vertical é praticada na rampa “half-pipe”. As manobras são realizadas em sua borda ou com voos para fora dela, onde os praticantes vão o mais alto possível.

O street é a modalidade que utiliza os obstáculos das rua, como escadas, corrimãos, paredes e o que vier pela frente. O park são circuitos fechados com obstáculos que simulam o das ruas. E o flatland é praticado em áreas planas sem qualquer obstáculo.

Apesar de estilos tão variados e muitos praticantes, os atletas geralmente não recebem qualquer incentivo. Junio Cesar Pereira pratica o esporte há 11 anos e construiu, apenas com a ajuda de amigos, um circuito de BMX no Centro Esportivo da cidade, em um local que não estava sendo utilizado.

Circuito construído no Centro Esportivo de Cambé

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Circuito construído no Centro Esportivo de Cambé. Foto: Arquivo Pessoal

Ganhador de vários campeonatos pela região, o atleta já foi patrocinado, mas hoje tira tudo do próprio bolso. Ele reconhece que o BMX é um esporte caro, mas que acaba compensando. “Como todos os outros esportes, compensa. Me apaixonei por isso e enquanto eu puder treinar, vou fazer”.

Agora, a expectativa é de que algum órgão público o ajude na revitalização do circuito já construído. Além disso, Junio Cesar também quer um local mais seguro para a prática do esporte. “Quero fazer uma rampa pequena pra ensinar a criançada”, conta. Enquanto isso, ele continua a participar de competições e a levar o BMX para mais e mais pessoas.

Fonte: Pretexto/Caroline Souza